O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, descartou nesta quinta-feira (5), o risco de falta de vigor, apesar da redução nos níveis de chuva dos reservatórios de hidrelétricas diante da maior seca registrada no país desde a dezena de 1950.
Ao participar da entrevista coletiva da Anfavea, entidade que representa as montadoras, Alckmin fez uma menção às ações preventivas aprovadas nesta semana pelo Operador Pátrio do Sistema Elétrico (ONS) para prometer a oferta de vigor a todo o país.
Segundo ele, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Negócio e Serviços (MDIC), o acionamento, se necessário, das usinas térmicas assegura que não faltará vigor.
“Acredito que o que disse a ONS é que coloca as térmicas para operarem, mas não há risco de falta de vigor”, declarou Alckmin.
Menos chuva, mais calor
Ele observou que a redução do volume de chuvas, ao mesmo tempo em que a temperatura sobe para supra da média histórica do país, reflete as mudanças climáticas, sendo que os países dos trópicos vão tolerar mais.
A mitigação dos efeitos do aquecimento global passa pela preservação de florestas tropicais tanto no Brasil quanto na Indonésia e no Congo, destacou o vice-presidente.
Alckmin assinalou que o governo brasílico tem feito sua segmento, citando a redução de 50% do desmatamento em 2023, com queda suplementar de 32% neste ano.
Redução de CO2
O vice-presidente acrescentou que as medidas já lançadas dentro do compromisso de descarbonização representam uma redução de 280 milhões de toneladas em emissões de carbono em 15 anos.
Ao lembrar da era em que foi governador de São Paulo, quando a redução no nível dos reservatórios da Sabesp obrigou a empresa a usar, em 2014, chuva do volume morto do Sistema Cantareira, Alckmin disse que a crise foi atravessada na era sem racionamento, graças à interligação de sistemas.