Logo depois o cerco à embaixada da Argentina em Caracas e a fuga do opositor Edmundo González Urrutia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou assessores neste domingo (8) para discutir a situação da Venezuela e outros temas da agenda externa brasileira, uma vez que sua participação na Câmara Universal da ONU.
Estiveram no Palácio da Alvorada durante a manhã a secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, e Audo Faleiro, braço recta do assessor próprio do presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim.
Tanto Amorim quanto o chanceler Mauro Vieira estão em agendas internacionais. Celso Amorim participa, na Rússia, da reunião dos altos representantes responsáveis pela segurança dos países do Brics.
Já Vieira está em trânsito, de Omã para a Arábia Saudita, onde assistirá a uma reunião com o Parecer de Cooperação do Golfo.
O Brasil acompanha os desdobramentos da crise na Venezuela e as últimas investidas de Nicolás Maduro para se perpetuar no poder. O presidente Lula foi informado sobre os últimos acontecimentos.
Neste término de semana, o opositor Edmundo González pediu asilo político à Espanha e deixou a Venezuela
O governo brasílico mantém o posicionamento divulgado no sábado (7) sobre a manutenção da custódia da Embaixada da Argentina em Caracas e a resguardo dos interesses argentinos até que o governo Javier Milei indique outro Estado tolerável ao governo venezuelano para praticar as referidas funções.
Câmara Universal da ONU
O presidente Lula participará do debate universal e nas reuniões de basta nível da 79ª Câmara Universal da Organização das Nações Unidas (AGNU), em Novidade York, prevista para o período de 22 e 25 de setembro de 2022.
Tradicionalmente, é do presidente brasílico quem faz o primeiro oração na brecha do evento. Será a nona vez que Lula participará da reunião.
No ano pretérito, em uma fala de muro de 15 minutos, Lula abordou questões uma vez que a desigualdade e o enfrentamento às mudanças climáticas.