O Soja Brasil teve aproximação às informações da consultoria Safras & Mercado sobre o mercado da soja. A semana foi marcada por preços mistos e poucos negócios no Brasil. Com a queda dos preços em Chicago e a subida do dólar, muitos produtores priorizaram o plantio em vez da comercialização. O tardança na semeadura, agravado pelo clima sedento, gerou preocupações entre os agentes do setor.
De conformidade com o exegeta Luiz Fernando Gutierrez Roque, da Safras & Mercado, o tardança no plantio é maior em Mato Grosso, mas também acontece em Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. “Ainda temos uma janela para plantar a soja”, afirma Gutierrez Roque, embora reconheça a prestígio do tema para a Bolsa de Mercadorias de Chicago.
No cenário interno, a expectativa é de preços firmes até o final do ano, sustentados por prêmios robustos e pelas influências do dólar e dos preços de Chicago. “As demandas de exportação e de esmagamento devem resultar em estoques apertados no Brasil”, acrescenta o exegeta. No entanto, ele alerta que a situação do mercado depende do tamanho da safra brasileira.
A estudo do mercado porvir aponta que os gráficos de Chicago indicam espaço para uma correção para ordinário. “Nos últimos 15 ou 16 dias, a subida acumulada foi de 10%”, informa o exegeta Rafael Silveira. Ele prevê que, se confirmado um movimento corretivo, o preço do grão pode voltar a US$ 10,00 por bushel para o contrato de novembro de 2024, com a bolsa se comportando de forma mais lateralizada posteriormente atingir esse patamar.
Sobre os subprodutos, Gabriel Viana, também da Safras & Mercado, antecipa um final de ano provocador para o farelo e o óleo de soja, alertando que não é prudente deixar as compras para a última hora, pois a oferta tende a ser apertada.
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Preços no país
- Passo Fundo (RS): houve uma queda de R$ 135,00 para R$ 134,00
- Cascavel (PR): o preço se manteve em R$ 139,00
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 131,00 para R$ 134,00
- Porto de Paranaguá (PR): a saca passou de R$ 142,00 para R$ 141,00
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro, os mais negociados, apresentaram desvalorização de 1,31% na semana, sendo cotados a US$ 10,51 3/4 por bushel na manhã de sexta-feira, 4 de outubro.
O mercado foi pressionado pela expectativa de chuvas benéficas para o plantio no Brasil, pelo progressão da colheita da maior safra da história dos Estados Unidos e pelo procrastinação da ingressão em vigor da Lei Antidesmatamento na União Europeia.
O dólar mercantil também teve subida de 0,7% na semana em relação ao real, encerrando a quinta-feira cotado a R$ 5,4745. A crescente tensão no Oriente Médio trouxe aversão ao risco e contribuiu para a valorização do dólar.