Como será o clima nesta segunda metade de outubro

#Compartilhar:

Chuva com raios e risco de temporais isolados será mais frequente no Núcleo-Sul do Brasil durante esta segunda metade de outubro com possibilidade de novos episódios de tempo muito severo com estragos | FABRICIO BOM JARDIM/BRAZIL PHOTO PRESS/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Porquê será o clima na segunda metade de outubro? O padrão atmosférico nesta segunda metade do mês no Brasil em termos de precipitação será notável de uma vez que teve início outubro com aumento da chuva na maior segmento do país e volumes localmente elevados em algumas áreas.

Outubro é um mês tipicamente de primavera com menos indiferente e um aumento dos dias de calor no Sul do Brasil ao passo que no Núcleo-Oeste e no Sudeste do Brasil marca o retorno da chuva mais frequente com temporais principalmente da tarde para a noite.

O tempo severo, a propósito, é uma das características de outubro que é um dos meses mais tempestuosos do ano no Sul do país pelo encontro das massas de ar indiferente e quente, além da atuação de áreas de baixa pressão e sistemas convectivos de mesoescala (aglomerado de nuvens carregadas).

Temporais começam a permanecer muito mais frequentes no Núcleo-Sul do Brasil à medida que a estação seca gradualmente chega ao termo e aumenta a umidade na atmosfera, o que, com o ar quente, favorece mais tempestades.

Em Porto Jubiloso, por exemplo, outubro tem precipitação média histórica (série 1991-2020) de 153,2 mm. Trata-se de uma das mais médias mensais mais altas de precipitação na capital gaúcha, só detrás de julho (163,5 mm). A temperatura mínima média é de 15,7ºC e máxima média histórica de 25,2ºC.

Na cidade de São Paulo, por sua vez, o mês de outubro marca o aumento da curva anual de chuva que tem seu pico no verão com precipitação média mensal de 127,2 mm na estação do Mirone de Santana. A temperatura mínima média é de 16,5ºC e a normal das máximas é de 26,5ºC.

Durante a primeira metade de outubro neste ano a chuva esteve aquém da média na maior segmento do país, embora já tenha começado a chover em muitas áreas do Núcleo-Oeste e do Sudeste que não registravam precipitação há vários meses.

CPTEC/INPE

Desvios positivos, ou seja, precipitação supra da média, foram observados em diferentes locais do Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, observou-se uma grande versatilidade com regiões de precipitação aquém e supra da climatologia histórica.

Quanto à temperatura, as marcas nos termômetros seguiram supra a muito supra da média histórica durante a primeira metade de outubro na maior segmento do país com os maiores desvios principalmente nas máximas e principalmente no Sudeste e no Núcleo-Oeste. Na Região Sul, as marcas ficaram mais perto da média e até aquém em alguns locais, sobretudo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Chuva na segunda quinzena de outubro

À medida que a temporada seca de outono e inverno chegou ao termo e a umidade no Brasil aumenta gradualmente com chuva cada vez mais frequente, a tendência é que nesta segunda quinzena de outubro chova mais no país do que na primeira quinzena do mês.

Conforme a estudo da MetSul Meteorologia, a perspectiva é que os maiores volumes no Núcleo do Brasil se concentrem nos estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além do Província Federalista. Em vários municípios, a chuva nestes 15 dias restantes do mês pode somar 100 mm a 200 mm com registros isoladamente superiores.

Projeção de chuva para 15 dias do protótipo norte-americano GFS | METSUL

Espera-se também um aumento da frequência de chuva no estado de São Paulo nesta segunda quinzena de outubro. Os mais altos volumes devem se dar no período no interno, sobretudo mais ao Setentrião do estado. Mais a Oeste deve chover menos.

Na Região Sul, persiste a tendência de grande versatilidade de volumes observada na primeira metade do mês com chuva aquém e supra da média conforme a localidade. Os dados, porém, indicam uma propensão maior a acumulados mais altos nos estados de Santa Catarina e do Paraná.

A MetSul enfatiza que a chuva poderá vir em vários momentos com temporais seja de vento ou saraiva em estados do Núcleo-Sul. Novos episódios de potente instabilidade com tempestades fortes a severas localmente podem ocorrer, principalmente considerando que não se afasta a formação de uma dimensão de baixa pressão mais profunda na última semana do mês.

E a temperatura?

O padrão de temperatura supra da média da primeira metade de outubro continua, mas a maior frequência de chuva deve amenizar o calor em muitas áreas. Assim, as marcas na maior segmento do Núcleo-Sul do Brasil não devem permanecer tão supra da média climatológica do período.

Projeção de anomalia (meandro da média) de temperatura na segunda metade de outubro do protótipo de clima norte-americano CFS | METSUL

No Núcleo-Oeste, com chuva mais frequente, dias excepcionalmente quentes com muitas jornadas seguidas de temperatura perto e supra de 40ºC, uma vez que se viu em agosto e setembro, não vão ocorrer. Cuiabá, por exemplo, deve ter muitos dias com registros de chuva. No Mato Grosso do Sul, a temperatura tende a permanecer mais supra da média com menor incidência de precipitação.

Na Região Sul, a perspectiva também é de temperatura supra da média, mas não se projeta desvios significativos. Em algumas áreas, particularmente do Rio Grande do Sul, a temperatura pode permanecer até perto das médias históricas. Dias de potente calor serão escassos e antes do termo do ano pode ocorrer um incidente de temperaturas mais amenas.

A MetSul Meteorologia está nos canais do WhatsApp. Inscreva-se cá para ter chegada ao ducto no aplicativo de mensagens e receber as previsões, alertas e informações sobre o que de mais importante ocorre no tempo e clima do Brasil e no mundo, com dados e informações exclusivos do nosso time de meteorologistas.

FONTE:METSUL

#Compartilhar:
error:
Rolar para cima