Um vasqueiro cabo de faca em forma de gladiador foi revelado na Muramento de Adriano, no setentrião da Inglaterra, lançando uma novidade luz sobre o status de notoriedade dos antigos combatentes romanos.
O cabo de faca de liga de cobre retrata uma classe de gladiador conhecida porquê secutor, segundo a instituição de conservação English Heritage, que cuida do sítio histórico onde o artefato foi encontrado.
Os secutors (do latim: perseguidores) eram totalmente armados e lutavam contra um retiarius (varão da rede), que, por sua vez, vestia somente uma túnica curta ou avental e tentava usar uma rede para prender o seu perseguidor.
O gladiador secutor retratado no cabo da faca usa um penacho, segura um grande escudo e tem sua mão esquerda estendida, que provavelmente já esteve segurado uma punhal.
Isso sugere que ele era canhoto — uma particularidade considerada de má sorte no mundo romano –, e, portanto, pode valer que a figura seja o retrato de um gladiador específico, disse a English Heritage em um expedido à prensa na sexta-feira (15).
Apesar de serem, em grande segmento, escravizados e criminosos, os gladiadores bem-sucedidos desfrutavam do status de notoriedade.
“[Os gladiadores] tinham fãs individuais que os seguiam e lhes davam presentes”, disse Frances McIntosh, curadora de coleções da Muramento de Adriano e do Nordeste na English Heritage, em um vídeo sobre a invenção.
“Pode ser que esta pessoa [o dono da faca] realmente gostasse deste gladiador e tenha mandado fazer o cabo de sua faca especificamente para representá-lo”.
Alguns gladiadores aprenderam a lutar com a mão esquerda para tentar obter vantagem sobre seus oponentes, segundo a English Heritage.
O cabo de faca de 2.000 anos foi encontrado no Rio Tyne, na cidade romana de Corbridge, na Muramento de Adriano, uma barreira defensiva construída pelos romanos ocupantes no nordeste da Inglaterra.
A cidade tinha uma comunidade movimentada e vibrante e era uma base de suprimentos onde os romanos obtinham comida e provisões, de tratado com o site da organização.
“É vasqueiro encontrar uma peça de gladiador na Grã-Bretanha e encontrar uma peça tão muito preservada e interessante é particularmente notável”, disse McIntosh no expedido.
“Leste cabo de faca belamente feito é um testemunho de quão difundida era essa cultura de celebridades, alcançando até a Muramento de Adriano na extremidade do Predomínio Romano“, acrescentou.
Fortes e musculosos, os gladiadores tinham apelo sexual e também recebiam presentes de mulheres, segundo McIntosh.
Ela disse que às vezes até mulheres de basta status desafiavam a diferença de classe e “fugiam com gladiadores ou se apaixonavam por gladiadores”.
“Mesmo agora, quase dois milénio anos depois, o fascínio em torno dos gladiadores persiste e se expandiu ainda mais na cultura popular moderna, porquê evidenciado pela empolgação em torno do novo filme sequência de Gladiador”, disse McIntosh.
“Gladiator 2”, a sequência do blockbuster de Ridley Scott de 2000, chegou aos cinemas brasileiros nesta semana.
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