O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse em entrevista à CNN, nesta quarta-feira (18), que “não tinha nenhuma diretriz” sobre porquê liderar o país em seguida a viagem de Jair Bolsonaro (PL), aos Estados Unidos, em dezembro de 2022.
“Depois o resultado da eleição, o meu papel foi puro e simplesmente de passar o meu papel de vice-presidente para o Geraldo Alckmin”, afirmou Mourão em entrevista ao Bastidores CNN (segunda a sexta-feira às 12h).
Bolsonaro viajou para os Estados Unidos no final de dezembro de 2022, antes de finalizar seu procuração. Com isso, Mourão ficou na liderança do país até 1º de janeiro de 2023, quando o missão foi pretérito a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Neste tempo, porquê presidente em treino, Mourão realizou um pronunciamento em rede vernáculo transmitido em 31 de dezembro.
No oração, o ex-vice-presidente declarou que a falta de crédito de parcela significativa da sociedade nas principais instituições públicas acontece “da continência premeditado desses entes do leal cumprimento dos imperativos constitucionais, gerando a equivocada encanamento de aspirações e expectativas para outros atores públicos”.
E que “no regime vigente, carecem de lastro legítimo para o saneamento do desequilíbrio institucional em curso”, prosseguiu.
Ainda afirmou que “lideranças que deveriam tranquilizar e unir a país em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de fragmentação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe”.
Nesta quarta, o senador disse que sua fala foi causada pela saída de Bolsonaro e a falta de uma diretriz para comandar o país.
“Portanto, eu tomei a decisão de fazer um oração de reaquecimento de ânimo. Nós tínhamos gente na porta de quartel, pedindo mediação militar, havia toda uma comoção no país por motivo dessa situação e também eu queria, naquele momento, mostrar o que foi o governo do presidente Jair Bolsonaro em termos de todos os avanços que foram obtidos aos longos dos quatro anos em que ele foi Presidente da República”, continuou.
Projecto de golpe
Sobre o suposto projecto de golpe de Estado, revelado pela Polícia Federalista em novembro deste ano, em seguida investigação, Mourão declarou não ter “conhecimento de que alguma coisa estaria em gravidez ou de que alguma discussão estivesse ocorrendo no sentido de impugnar de alguma maneira o resultado das eleições”.
A Polícia Federalista indiciou, no dia 21 de novembro, 37 pessoas — incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — no caso.
O interrogatório engloba o envolvimento nos atos de 8 de janeiro, tramas golpistas durante as eleições presidenciais de 2022 e o projecto para massacrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Alexandre de Moraes, o qual Mourão afirmou que também não saber.
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