Microplásticos são encontrados em frutos do mar, mostra estudo

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Um novo estudo mostrou que microplásticos estão sendo encontrados em peixes e frutos do mar consumidos pelas pessoas. O trabalho, publicado na revista científica Frontiers in Toxicology no final de dezembro, destaca a premência de novas tecnologias e estratégias para reduzir o impacto dos microplásticos no meio envolvente e, consequentemente, na saúde humana.

Para chegar às descobertas, pesquisadores da Universidade Portland State, em Oregon, nos Estados Unidos, quantificaram partículas antropogênicas, ou seja, produzidas ou modificadas por humanos, encontradas no tecido comestível de seis espécies de peixes e frutos do mar comuns na região: peixe-rocha preto, bacalhau-ling, salmão Chinook, arenque do Pacífico, lampreia do Pacífico e camarão-rosa.

Em seguida, eles compararam concentrações de partículas em níveis tróficos e se sua posição na enxovia cevar afetava o que e quanto estava contaminando seu tecido comestível. Aliás, os pesquisadores avaliaram se havia diferenças em amostras adquiridas diretamente de embarcações de pesca de pesquisa em verificação com aquelas de supermercados e vendedores de frutos do mar.

O estudo encontrou 1.806 partículas suspeitas em 180 de 182 amostras individuais de peixes e frutos do mar. Entre os microplásticos encontrados, fibras foram as mais abundantes, seguidas por fragmentos e filmes. O camarão-rosa foi a espécie com maior concentração de partículas em seu tecido comestível, enquanto o salmão Chinook foi o que teve a menor concentração.

“Descobrimos que os organismos menores que coletamos parecem estar ingerindo mais partículas antropogênicas e não nutritivas”, afirma Elise Granek, professora de ciência ambiental e gestão e líder do estudo, em expedido à prelo.

“Camarões e peixes pequenos, uma vez que arenque, estão comendo itens alimentares menores, uma vez que zooplâncton. Outros estudos encontraram altas concentrações de plásticos na espaço em que o zooplâncton se acumula, e essas partículas antropogênicas podem se assemelhar ao zooplâncton e, portanto, ser absorvidas por animais que se alimentam de zooplâncton”, completa.

O grupo de pesquisadores esperava que as etapas de conquista do peixe até seu processamento ao consumidor pudesse introduzir contaminantes adicionais de embalagens plásticas destinadas a preservar frutos do mar, isso não era universalmente verdadeiro entre as espécies.

Os cientistas enxaguaram filés de peixe e camarão e observaram que, em alguns casos, a contaminação suplementar de plásticos por esse processamento pode ser removida com o enxágue.

Com isso, os resultados do estudo fornecem evidências da presença generalizada de partículas nos tecidos comestíveis das espécies marinhas e de chuva gula no Oregon.

“É muito preocupante que as microfibras pareçam se movimentar do tripa para outros tecidos, uma vez que os músculos”, disse Susanne Brander, ecotoxicologista e professora associada na Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual do Oregon. “Isso tem amplas implicações para outros organismos, potencialmente incluindo humanos também.”

Os pesquisadores dizem que as descobertas sinalizam a premência de mais estudos para entender os mecanismos pelos quais as partículas se movem para o tecido muscular, que os humanos comem, muito uma vez que intervenções políticas para regular o descarte de microplásticos.

Apesar das descobertas, os autores do estudo não defendem que as pessoas parem de consumir frutos do mar. Granek relembra que os microplásticos já foram encontrados em outros itens, uma vez que chuva engarrafada, cerveja, mel, músculos bovina, frango, hambúrgueres vegetarianos e no tofu.

“Se estamos descartando e utilizando produtos que liberam microplásticos, esses microplásticos vão para o meio envolvente e são absorvidos por coisas que comemos”, explica a pesquisadora. “O que colocamos no meio envolvente acaba voltando para nossos pratos.”

É por isso que o grupo de pesquisadores está começando a se concentrar mais em soluções.

“Continuamos trabalhando para entender os efeitos das partículas antropogênicas nos animais, mas também estamos avançando para o trabalho experimental para testar quais são as soluções eficazes para reduzir a ingresso de microplásticos nos ecossistemas marinhos”, finaliza.

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FONTE:CNN Source link

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