Bolsonaristas trocam farpas nas redes após votos para Van Hattem

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A recente eleição para presidência da Câmara deixou evidente as fissuras no campo bolsonarista.

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vêm trocando acusações nas redes sociais, evidenciando divergências estratégicas e ideológicas, desde que foi constatado que deputados do PL não seguiram a orientação do partido e deram votos para Marcel van Hattem (Novo-RS). O movimento foi considerado uma traição.

A disputa interna ficou evidente em postagens de figuras uma vez que Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Ricardo Salles (Novo-SP), Mario Frias (PL-SP) e o próprio Marcel van Hattem, que protagonizaram embates públicos no X (velho Twitter).

Tudo começou com uma mensagem do deputado do Rio Grande do Sul comemorando o resultado da eleição na Câmara: “Ainda reduzida, mas que vai explodir em 2026. Sem racontar nossas candidaturas ao Senado”, escreveu numa referência às eleições do próximo ano, quando o partido espera fazer uma bancada maior. Hoje o Novo conta com quatro deputados federais e um senador.

 

Em resposta, o deputado Ricardo Salles, ex-ministro de Bolsonaro e eleito pelo PL, postou um preconização: “Esses votos efetivamente representam os valores da direta liberal conservadora, que não transige com o Centrão, não coaduna com posturas e práticas incompatíveis com as nossas crenças”.

 

No dia seguinte, o deputado Mario Frias chamou de “teatro” o que o Novo fez nas eleições da Câmara e do Senado, segundo ele, “no intuito de desgastar o presidente Bolsonaro”. Minutos depois foi a vez do rebento do ex-presidente se manifestar.

 

Eduardo Bolsonaro disse que um político que “atua divergindo da orientação de Bolsonaro, não tem moral para falar dos outros”. E classificou o incidente uma vez que “verdadeira separação da direita”.

 

Mais tarde, Frias voltou às redes desta vez para rebater afirmações de Ricardo Salles. “Já que toda hora você arrota sobre coragem, ao menos tenha coragem de ser honesto e direto. Não me trate uma vez que um idiota, tenha o mínimo de hombridade, já que, até agora, isso lhe falta, ao menos seja varão o suficiente para assumir o que está fazendo”, escreveu.

O deputado completou: “Esse papelão que você está se prestando a desempenhar com o rostro que viabilizou sua eleição é ridículo”.

 

Racha não começou agora

Organizado para ajudar a unificar a direita e provar a força do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ato de 7 de setembro do ano pretérito na Avenida Paulista provocou efeito inverso: expôs um racha no bolsonarismo dividindo em dois grupos os aliados de Pablo Marçal, portanto candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, e Ricardo Nunes, prefeito pelo MDB, que carregou na placa um vice do PL.

Marçal contou com suporte do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e do senador Cleitinho (PL-MG), que até gravou vídeos fazendo o “M” de Marçal. O ex-ministro do Meio Envolvente, Ricardo Salles, também fez meneamento ao candidato do PRTB, dizendo que “a direita bem-organizada” poderia vencer em São Paulo.

Ricardo Nunes teve a seu obséquio o suporte do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a ajuda do deputado federalista Eduardo Bolsonaro. O pai, Jair, só entrou na campanha na reta final.

Também nas eleições municipais, em Santa Catarina, o partido do ex-presidente enfrentou um racha.

Em sua conta no Instagram, a deputada estadual Ana Campagnolo (PL) chamou Bolsonaro de “coitado” e reclamou da subida dele no sege de som com o candidato a prefeito de Navegantes, Rogério da Equilíbrios, também do PL.

Campagnolo é de uma fileira oposta à do senador Jorge Seif (PL), na qual os integrantes apoiaram a reeleição do prefeito Liba Fronza (PSD).

Em Joinville, Bolsonaro chegou a agendar uma visitante à cidade. No entanto cancelou depois de perceber que a candidatura do Sargento Lima, do PL, não havia decolado. O portanto prefeito, Adriano Silva, do Partido Novo, foi reeleito.



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