A atipicamente longa e intensa vaga de insensível no Cone Sul da América do Sul durante a primeira metade de julho estabeleceu vários recordes históricos, principalmente no Uruguai e na Argentina. Nos dois países, raramente na história recente fez tanto insensível porquê nas duas primeiras semanas do mês.
Na Argentina, a primeira quinzena de julho foi a mais gelada desde 1955 na cidade de Buenos Aires com temperatura média de 7,3ºC. A capital argentina não registrava em seu observatório mediano marcas negativas desde 2011 e houve quatro dias inferior de zero: -0,4ºC no dia 6; -1,5ºC no dia 9; -0,9ºC no dia 10; e -0,4ºC no dia 11.
Foram, portanto, três dias seguidos com marcas negativas no Observatório Mediano de Buenos Aires, entre 9 e 11 de julho. A última vez que a estação de referência da cidade havia tido sequência tão longa de dias sucessivos de mínimas inferior de zero tinha sido em 1967 com quatro dias entre 12 e 15 de junho de 1967.
O município de Venado Tuerto, na província de Santa Fé, registrou no dia 11 sua menor mínima da série histórica com -8,0ºC, superando os -7,8ºC de 4/8/1995. Também no dia 11, Sauce Viejo (Santa Fé) estabeleceu novo recorde de mínima para julho com -6,8ºC, batendo os -6,6ºC de 9/7/1965. No mesmo dia, a cidade de La Plata, capital da província de Buenos Aires, igualou o seu recorde de mínima 14/6/1967 com -5,7ºC.
Dois dias antes, no dia 9 de julho, a cidade de Gualeyguachú, na província de Entre Ríos, anotou mínima de -7,6ºC, recorde integral de temperatura mínima. O recorde prévio era de -7,0ºC, em 23/6/1945 e 14/6/1967.
El Palomar, localidade da região metropolitana de Buenos Aires, igualou em três dias o recorde de temperatura mínima para julho de -7,0ºC, marca que tinha sido observada em 29/7/2007. O recorde integral é de -8,0ºC em 14/6/1967. A estação possui dados desde 1935.
No Nordeste do país, na província de Missiones que faz fronteira com os estados do Sul do Brasil, a temperatura máxima no dia 13 em Iguazu (região de Foz do Iguaçu) foi a terceira mais baixa da série histórica com exclusivamente 8,3ºC. O recorde de máxima baixa é de 6,9ºC em 20/8/1965, dia que a neve cobriu grande secção do Sul do Brasil e muitos pontos do Nordeste prateado.
No Uruguai, o Aeroporto Internacional de Carrasco anotou cinco dias seguidos em que a temperatura mínima ficou inferior de zero com o menor registro de -3,2ºC no dia 14, a menor marca na estação desde os -3,5ºC de 28/6/1997. A sequência de cinco dias de mínimas negativas de 11 a 15 de julho é recorde para Carrasco, superando a marca prévia de três dias consecutivos de mínimas negativas de 13 a 15 de junho de 1967.
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