O cavalo Caramelo se tornou símbolo da força da população gaúcha ao sobreviver por murado de quatro dias ilhado em cima do telhado de uma mansão em Canoas (RS). Para além do bicho, outros equinos foram resgatados das águas e seguem sem donos.
Depois dois meses das enchentes no Rio Grande do Sul, 18 cavalos estão abrigados no Abrigo de Equinos da empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), ligada à prefeitura.
Os proprietários têm 15 dias, a partir de segunda-feira (1º) para retirar seus animais do abrigo. O prazo faz secção de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público.
O documento prevê que, a partir da ingresso dos animais no abrigo, há um período de 15 dias para o resgate, antes de serem colocados para adoção. Em função da situação de emergência, esse prazo foi suspenso, sendo retomado nesta semana. Para recontratar seu bicho, os donos devem entrar em contato com o abrigo e descrever as características do cavalo perdido e mandar suas fotos. Localizado, o cavalo é entregue ao proprietário.
A partir do dia 16 deste mês, os animais que não encontrarem seus donos estarão disponíveis para adoção.
O governador Eduardo Leite anunciou um projeto para incentivar a adoção de animais resgatados durante as enchentes no Rio Grande do Sul.
O governo planejava oferecer um incentivo financeiro de R$ 450 por bicho adotado, visando estribar aqueles que desejam adotar, mas enfrentam dificuldades financeiras. “Queremos que todos esses animais tenham um lar, mas sabemos que muitos não conseguem dar os cuidados iniciais”, afirmou o governador. Entretanto, Leite desistiu de dar ininterrupção ao projeto na última quinta-feira (26).
Ao final de maio, 15.259 animais de estimação estão abrigados em 353 locais em todo o estado, com as maiores concentrações em Canoas (RS) e Porto Satisfeito (RS).
Cada pessoa poderá adotar até dois animais, com o valor talhado a tapulhar os gastos básicos de cuidados durante seis meses.
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