A inflação acelerou em outubro para quase todas as faixas de renda, na conferência com o mês de setembro. A exceção foi para as famílias de renda subida.
Já para os domicílios com renda muito baixa, a taxa de inflação avançou de 0,58%, em setembro, para 0,75%, em outubro, enquanto as famílias de renda mais subida passaram de 0,33% para 0,27% no mesmo período.
Os dados são do Indicador Ipea de Inflação por Tira de Renda, divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Famílias de renda baixa
A fita de renda baixa é a que registrrou a maior subida inflacionária no reunido do ano (4,17%), enquanto o segmento de renda subida tem a taxa menos elevada (3,20%).
Já no reunido em 12 meses, as famílias de renda subida apresentam a menor taxa de inflação (4,44%), ao passo que a fita de renda muito baixa aponta a taxa mais elevada (4,99%).
“Embora os grupos mantimentos e bebidas e habitação tenham sido os principais pontos de descompressão inflacionária para todos os estratos de renda, o impacto de subida vindo destes dois segmentos foi proporcionalmente mais poderoso nas classes de rendas mais baixas, oferecido o maior percentual do gasto com esses bens e serviços no orçamento dessas famílias”, diz a nota do Ipea.
Inflação dos mantimentos
A imposto positiva dos mantimentos à elevação inflacionária em outubro é explicada pelos seguintes produtos:
- Carnes (5,8%);
- Óleo de soja (5,1%);
- Moca (4%)
- Leite (2,0%)
- Frango (1,0%)
A subida não foi contida nem mesmo com as deflações registradas em diversos mantimentos in natura, porquê tubérculos (-2,5%), hortaliças (-1,4%) e frutas (-1,1%).
“Já o inferior nível dos reservatórios fez com que fosse adotada a bandeira vermelha patamar 2 nas tarifas de pujança elétrica em outubro, gerando um reajuste de 4,7% e contribuindo para a pressão do grupo habitação”.
Em contrapartida, houve melhora no desempenho do grupo transportes, refletida principalmente pelas quedas das tarifas de transporte público, porquê ônibus urbano (-3,5%), trem (-4,8%) e metrô (-4,6%), além da deflação de 0,17% dos combustíveis. Com isso, houve um conforto inflacionário para todas as classes em outubro.
As famílias de renda subida sentiram uma descompressão inflacionária ainda mais poderoso da inflação dada a queda de 11,5% das passagens aéreas e de 1,5% no transporte por aplicativo, anulando, inclusive, a pressão exercida pelo grupo despesas pessoais, refletindo, mormente, os reajustes de 1,4% dos serviços de recreação e lazer.