Às vésperas das eleições americanas, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, e o ex-presidente Donald Trump intensificam suas campanhas com discursos marcados por acusações mútuas e poucas propostas concretas.
O crítico sênior de assuntos internacionais da CNN Américo Martins, prevê uma reta final tensa e com embates diretos entre os candidatos.
Para Américo, Kamala escolheu estrategicamente o mesmo sítio onde Trump realizou um comício pouco antes da invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 para discursar.
Espera-se que ela reforce a narrativa de que o ex-presidente representa uma “prenúncio à democracia”, uma traço argumentativa que os democratas vêm utilizando desde o início da campanha.
Acusações mútuas e tom ofensivo
O tom da campanha nas eleições americanas tem se tornado cada vez mais ofensivo. Trump acusa Kamala de chamá-lo de “nazista”, enquanto a vice-presidente o rotula de “fascista” e “misógino”.
Américo Martins lamenta: “Infelizmente, nós vamos ver nessa reta final muito pouca proposta e muita denúncia, acusações pesadas dos dois lados”.
Trump, por sua vez, planeja um comício na Pensilvânia, um estado crucial para as eleições. É esperado que ele continue a trocar farpas com Harris, mantendo o foco nas críticas pessoais em vez de discutir políticas e propostas concretas, avalia Américo.
Eficiência da estratégia em questão
Américo questiona a eficiência da abordagem usada pelos candidatos para ocupar eleitores indecisos e sugere que essa estratégia pode estar mais voltada para mobilizar as bases já consolidadas do que para atrair novos eleitores.
Com a proximidade do dia da eleição, a intensidade da campanha deve aumentar, com os candidatos em uma maratona de eventos e discursos.