Ato no Rio defende rompimento do Brics com Israel

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Protesto realizado na tarde desta segunda-feira (7) na Cinelândia, no núcleo do Rio de Janeiro, pediu o rompimento de relações econômicas, diplomáticas e militares do Brasil e do Brics com o Estado de Israel. A revelação foi convocada pelo Comitê de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino do estado do Rio no segundo e último dia de reunião do Brics.

O comitê reúne partidos políticos e organizações da sociedade social. Segundo uma das coordenadoras do grupo, Maristela Santos Pinho, as entidades são contrárias à enunciação final da 17ª Cúpula do Brics, que voltou a tutorar, porquê nas edições anteriores, a solução de dois Estados, um palestino e outro israelense, para o conflito do Oriente Médio que dura mais de sete décadas.

“Os palestinos foram expulsos de suas casas e assassinados para a construção do Estado sionista de Israel. O que restou da Palestina, que foi a Tira de Gaza e a Cisjordânia, está sendo massacrado. Estão sendo bombardeados acampamentos de plástico onde a população está”, disse Maristela.

De contrato com a ativista, os movimentos são em prol de um Estado palestino secular, democrático para todos os povos que lá estão, palestinos, judeus e cristãos. “O Estado de Israel foi votado para viver. Não tem relação com aquela terreno. Não estamos propondo expulsar os judeus. Queremos um Estado para todos”, afirmou a coordenadora.

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Rio de Janeiro (RJ), 07/07/2025 - Grupos ligados ao Comite de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino fazem manifestação contra o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza e por uma Palestina livre, na Cinelândia, no centro da cidade.   Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 07/07/2025 - Grupos ligados ao Comite de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino fazem manifestação contra o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza e por uma Palestina livre, na Cinelândia, no centro da cidade.   Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Grupos ligados ao Comitê de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino fazem revelação contra o genocídio do povo palestino na Tira de Gaza e por uma Palestina livre – Foto: Tânia Rêgo/Sucursal Brasil

Apesar de ser membro do Brics, o Irã manifestou, por nota, posição dissemelhante. O chanceler iraniano, Seyed Abbas Araghchi, chamou a solução de dois Estados de “irreal” e defendeu a solução de Estado único para mulçumanos, cristãos e judeus.

“A República Islâmica do Irã considera que uma solução justa para a Palestina seja um referendo com a participação de todos os habitantes originais da Palestina, incluindo judeus, cristãos e muçulmanos, e esta não é uma solução irrealista ou inatingível”, disse o ministro iraniano.

O rabino Yisroel Dovid Weiss, de Novidade York, da organização Judeus Unidos contra o Sionismo, disse estar presente à revelação para provar a premência de líderes mundiais reunidos no Brics tomarem ações imediatas a termo de parar o genocídio em Gaza e o inumano bloqueio de comida e ajuda médica por segmento de Israel para os moradores da região. “Se opor à ocupação da Palestina não é ser antissemita, não é ser contra a religião judaica, mas ser contra a ocupação sionista do Estado de Israel”, afirmou.

Segundo o rabino, o sionismo é um movimento político de nacionalismo para invadir terras e oprimir outros povos.


Rio de Janeiro (RJ), 07/07/2025 - Grupos ligados ao Comite de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino fazem manifestação contra o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza e por uma Palestina livre, na Cinelândia, no centro da cidade.   Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 07/07/2025 - Grupos ligados ao Comite de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino fazem manifestação contra o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza e por uma Palestina livre, na Cinelândia, no centro da cidade.   Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Manifestantes pedem rompimento do Brics com o Estado de Israel – Foto: Tânia Rêgo/Sucursal Brasil

O diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais da Instrução do Estado do Rio (Sepe) Eduardo Mariani disse que um estado secular acolhe todas as religiões. “Na Palestina, antes da geração do Estado de Israel em 1948, coexistiam pacificamente judeus e muçulmanos num mesmo território. O Estado de Israel é um Estado sintético criado pelas Nações Unidas. Em 1948, ocorreu a catástrofe em que 750 milénio palestinos tiveram que deixar suas residências. Não somos contra os judeus. Somos contra o governo de extrema-direita do Benjamin Netanyahu.”

No documento solene da cúpula do Rio, publicado neste domingo (6), o Brics defende a retirada completa de Israel da Tira de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, territórios palestinos ocupados pelos israelenses desde 1967. O Irã é subscritor do documento, mas defende a proposta de estado único para mulçumanos, cristãos e judeus.

FONTE: Agência Brasil

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