O ator, diretor e produtor Roberto Frota morreu na manhã desta terça-feira (24), aos 85 anos. Em mais de 50 anos de curso, participou de novelas uma vez que a primeira versão de Vale Tudo (1988), na Orbe, e do remake de Chiquititas (2013), no SBT. Também trabalhou na Tupi, na Manchete e na Record.
Frota lutava contra um cancro no pulmão há mais de um ano e não resistiu a uma pneumonia, que tinha feito o veterano ser internado na segunda (23). A informação da morte foi confirmada pela atriz Angela Vieira, com quem foi casado entre 1983 e 1997).
“Hoje, Roberto partiu, aos 85 anos… Foi ótimo diretor e um ator versátil, participando de peças importantes e várias novelas. Fomos casados durante 14 anos e tivemos a Nina, hoje com 40 anos. Roberto viveu intensamente cada momento da vida”, escreveu a ex-mulher no Instagram.
Nascido no Rio de Janeiro em 26 de janeiro de 1939, Roberto Frota era fruto do jurista e deputado federalista José Arthur da Frota Moreira e da pintora e poetisa Zuleika de Castro Moreira.
Para deleitar ao pai, aos 19 anos conseguiu um incumbência público na Superintendência de Serviços Médicos do Rio de Janeiro. Depois a morte de José Arthur, porém, ele deixou a vocação falar mais sobranceiro e, em 1968, se matriculou no Tablado, escola de teatro de Maria Clara Machado (1921-2001).
No ano seguinte, estrelou sua primeira peça, Camaleão na Lua. E não parou mais. Nos palcos, atuou em espetáculos que fizeram história, uma vez que Vestido de Prometida, Bonitinha, Mas Ordinária, Rei Lear e Trair e Titilar É Só Inaugurar.
Na televisão, Roberto Frota estreou na Tupi com a série Jerônimo, o Herói do Sertão (1972-1973). Depois, participou de humorísticos uma vez que Chico City (1973-1980), Viva o Gordo (1981-1987) e Chico Anysio Show (1982-1990).
Em Vale Tudo, ele viveu Santana, o primeiro dirigente de Ivan (Antonio Fagundes). Nos anos 1990, se revezou entre Orbe e Manchete, atuando em novelas uma vez que Tieta (1989), Araponga (1990), A História de Ana Relâmpago e Zé Trovão (1990), Pedra Sobre Pedra (1992), Tocaia Grande (1995) e Querubim de Mim (1996).
Roberto Frota ainda atuou em Aquarela do Brasil (2000), Porto dos Milagres (2001), Mulheres Apaixonadas (2003), Chocolate com Pimenta (2004), Páginas da Vida (2006), Negócio da China (2008) e Caminho das Índias (2009), entre várias outras obras audiovisuais.
Em 2013, fez sucesso entre o público infantil ao ser escalado para viver o doutor José Ricardo Almeida Campos em Chiquititas –o vilão era o avô perdido da protagonista Mili (Giovanna Grigio).
Nos últimos anos, Frota apareceu na Orbe em participações especiais em novelas uma vez que Verdades Secretas 2 (2021), Vai na Fé (2023), Paixão Perfeito (2023) e Terreno e Paixão (2023).
O ator e diretor também escrevia e foi o responsável pelo argumento original do filme Se Eu Fosse Você (2006), bem-sucedida comédia estrelada por Tony Ramos e Gloria Pires.
O velório está marcado para quarta-feira (25), no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro, a partir das 12h. Depois das 15h, o corpo do ator será cremado.