A MetSul Meteorologia adverte que entre a segunda metade deste domingo e a segunda-feira a atuação de dimensão de baixa pressão atmosférica vai proporcionar a ocorrência de temporais isolados no Sul do Brasil com risco de saraiva e de rajadas de vento potente, e ainda proporcionando condições propícias à chuva potente ou intensa em pontos localizados.
GABRIEL ZAPAROLLI/ARQUIVO
O núcleo de baixa pressão vai seguir neste domingo do Paraguai e de províncias do Nordeste da Argentina em direção ao Rio Grande do Sul sob uma volume de ar quente e úmido de origem tropical.
A interação da dimensão de baixa pressão com o ar tropical muito quente e úmido deverá formar núcleos de instabilidade neste domingo com pancadas de chuva em diferentes pontos do Sul do Brasil entre a tarde e a noite.
Adverte-se que a chuva em alguns pontos, de forma isolada, pode ser de potente intensidade e acompanhada por temporais localizados, em que podem se dar rajadas de vento fortes a intensas e ainda queda de saraiva de variado tamanho.
A instabilidade maior deverá afetar inicialmente nesta segunda da metade do domingo pontos do Sul e da Campanha, e depois áreas mais ao Meio do estado. O calor e a umidade formam áreas de instabilidade também sobre pontos isolados do Paraná e de Santa Catarina.
Modelos numéricos discrepam sobre o momento da chegada da instabilidade à dimensão de Porto Feliz e região metropolitana com alguns dados projetando a mudança do tempo para o final deste domingo e outros no primícias da segunda-feira.
Em se tratando de episódios isolados de tempo severo associados ao calor e à umidade, não há porquê se indicar onde exatamente ocorrerão os temporais fortes, o que só é verosímil em curtíssimo prazo – no que se denomina de nowcasting – a partir de imagens de satélite, radar e sensores de raios.
Estas formações de instabilidade mais severa são tão isoladas que, em regra, chegam a afetar somente poucos de bairros de uma cidade, assim é verosímil somente indicar uma macrorregião de risco horas antes e não exatamente quais áreas devem ser exatamente afetadas por chuva potente e temporais em temporais convectivos (formados por calor e umidade).
Na quinta, em Porto Feliz houve pontos da cidade em que o vento passou de 100 km/h, na zona Sul, mas não se registrou vendaval em toda a cidade. Da mesma forma, alguns bairros mais centrais tiveram chuva intensa com alagamentos e saraiva enquanto em outros próximos nem caiu saraiva e não choveu potente. Na sexta, na cidade de Guaíba, temporal solitário causou danos com queda de postes, mas na outra margem do Lago, em Porto Feliz, zero ocorreu.
Esse é o tipo de cenário que se espera para levante primícias de semana, neste domingo em privativo e de forma ainda mais isolada nesta segunda-feira, com ocorrências pontuais e localizadas de tempo severo.
Na segunda-feira, principalmente entre a madrugada e de manhã, a baixa pressão deve trazer chuva localmente potente a intensa com possibilidade de volumes altos a muito altos em limitado período em pontos do Sul e do Leste do Rio Grande do Sul.
Chuva volumosa em algumas localidades
Episódios de chuva isolada volumosa são esperados no Sul do Brasil entre a tarde e noite deste domingo e durante a segunda-feira pela interação da instabilidade da baixa pressão com o ar tropical quente e úmido. Enfatiza-se que serão ocorrências localizadas e em muitas cidades pode chover pouco a ponto de em alguns setores sequer chover na Fronteira Oeste e no Noroeste.
Os mapas a seguir, que podem ser consultados pelo assinante (assine cá) na seção de mapas da nossa página, mostram os acumulados de chuva indicados pelo protótipo WRF de subida solução inicializado com os modelos norte-americano GFS e o europeu.

METSUL

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Porquê se observa, no Rio Grande do Sul a chuva deve ser bastante irregular com zero de precipitação em alguns municípios e acumulados muito altos em outros, sobretudo no Sul e no Leste do estado.
Embora não haja consenso entre os modelos sobre onde deve mais chover, diversas simulações computadorizadas há dias indicam o potencial de chover muito, principalmente entre a madrugada e de manhã nesta segunda, em perímetro entre a Lagoa Mirim e periferia, o Chuí, Santa Vitória do Palmar e áreas ao Sul de Pelotas e Rio Grande, notadamente no eixo da BR-471 junto à dimensão de Curral Cima e à suplente ecológica do Taim.
Os dados apontam para esta zona mais ao Saul do estado volumes por demais elevados, de 100 mm a 200 mm, e isoladamente superiores, o que deve trazer alagamentos e inundações. Porquê se trata de uma região rústico, de baixa densidade populacional, os impactos não devem ser tão significativos. Destaca-se que em outros pontos do Leste do Rio Grande do Sul, de forma isolada, podem se produzir episódios de chuva potente a intensa com altos volumes localizados por precipitações torrenciais em limitado período.
Vai ter furacão?
Modelos numéricos de previsão nos últimos dias indicaram em vários momentos que o núcleo de baixa pressão que vai seguir para o Rio Grande do Sul entre levante domingo e a segunda-feira formaria um furacão extratropical na costa Sul do Rio Grande do Sul.
As mais recentes saídas dos modelos, do primícias deste domingo, entretanto, não indicam a formação de um furacão maduro significativo e organizado junto à costa, mas somente uma baixa pouco mais profunda ou um furacão não muito profundo, recordando que toda a dimensão de baixa pressão é ciclônica, mas nem toda a baixa pressão é um furacão organizado e mais intenso.
Isso não surpreende uma vez que os ciclones extratropicais se formam a partir do contraste de temperatura entre massas de ar insensível e quente, e no caso deste primícias de semana não se observa um grande contraste térmico que pudesse aprofundar a baixa pressão de forma expressiva a formar um furacão organizado e mais intenso.
Os mapas a seguir mostram as mais recentes projeções (do primícias deste domingo) de vento sumo do nosso protótipo de subida solução WRF inicializados com os modelos norte-americano GFS e do Meio Meteorológico Europeu.

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Porquê se observa, o cenário de vento pela baixa pressão na costa não é de cimo risco. O risco maior, em nosso entendimento, se dá por conta dos temporais isolados entre hoje e amanhã que, isoladamente, podem trazer vendavais acompanhando chuva potente e ocasional saraiva.
Mesmo assim, a baixa pressão deve trazer a intensificação do vento nesta segunda-feira para o Sul e o Leste do Rio Grande do Sul com rajadas (não associadas a temporal) em média de 50 km/h a 70 km/h. Em alguns pontos do Sul gaúcho, sobretudo do Litoral Sul e da dimensão da suplente do Taim, as rajadas podem atingir marcas de 70 km/h a 90 km/h e ocasionalmente superiores.
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