O plantio da soja no Rio Grande do Sul atingiu 96% da espaço projetada até o momento, conforme dados da Emater/RS. Na semana passada, o percentual era de 94%, e em igual período do ano pretérito, o índice era de 91%. A média dos últimos cinco anos para o período é de 92%, o que indica que o progressão do plantio em 2024 está supra da média histórica.
Progresso lento da soja
O ritmo do plantio tem sido um pouco mais lento em algumas regiões, devido à sequência de semeadura em áreas previamente ocupadas por outras culturas, porquê milho e tabaco, além das áreas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP).
Nessas áreas, a retirada dos bovinos ou a colheita de sementes forrageiras acontece tardiamente, o que acaba atrasando o processo de semeadura. A expectativa é que o plantio seja concluído até a primeira quinzena de janeiro, conforme as áreas forem sendo liberadas.
Desenvolvimento das lavouras
As lavouras de soja apresentam um óptimo desenvolvimento, impulsionado pela subida luminosidade e pela umidade razoável do solo. Aproximadamente 96% da espaço cultivada encontra-se em temporada vegetativa, com as vegetais apresentando emissão expressiva de ramos laterais e fechamento entre as fileiras, sinais de vigor satisfatório. O estágio vegetativo precoce tem guardado um bom desenvolvimento das vegetais, o que é um indicativo positivo para as lavouras deste ano.
Início da floração e rega
Nas lavouras de cultivares precoces, semeadas na primeira quinzena de outubro, já é verosímil observar o início da floração em tapume de 4% da espaço cultivada. A floração é um momento crucial para o desenvolvimento da soja, pois a partir desse estágio, a demanda hídrica aumenta.
Isso tem gerado preocupações em relação à distribuição irregular das chuvas durante o mês de dezembro, principalmente nas regiões Núcleo e Oeste do Estado, que apresentaram baixos volumes de precipitação nas primeiras três semanas do mês.
Controle de pragas e doenças
Nas lavouras em estágio inicial de desenvolvimento vegetativo, as atividades de controle de vegetais daninhas e formigas estão em curso. Muitos agricultores têm realizado as primeiras capinas químicas, principalmente nas áreas implantadas mais precocemente. Em algumas dessas áreas, foi verosímil observar sintomas de fitotoxicidade, um efeito paralelo relacionado à emprego de herbicidas em pós-emergência. No entanto, posteriormente o período inicial de estresse, as vegetais estão retomando o desenvolvimento normal.
Em áreas semeadas no início do período recomendado, também estão sendo realizadas aplicações preventivas de fungicidas para prometer a sanidade da cultura e proteger as vegetais contra doenças que possam comprometer o desenvolvimento e a produtividade.
Projeções
A espaço de cultivo projetada pela Emater/RS é de 6.811.344 hectares, um número que reflete o desenvolvimento contínuo do setor agrícola no estado. A produtividade média estimada para a safra de soja é de 3.179 kg/ha, uma expectativa que, se confirmada, representará bons resultados para os produtores gaúchos.
Apesar de alguns desafios, porquê a irregularidade das chuvas e o controle de pragas, as perspectivas para a soja no Rio Grande do Sul continuam otimistas. O seguimento contínuo das condições climáticas e o manejo adequado das lavouras serão fundamentais para prometer o sucesso da safra.
Manancial: Boletim Semanal da Emater/RS.