Um apagão massivo atingiu Buenos Aires e região metropolitana (AMBA) nesta quarta, deixando muro de 2 milhões de pessoas sem eletricidade em um dos dias mais quentes do verão. A omissão ocorreu em dois momentos distintos e as autoridades ainda não haviam identificado a justificação exata do problema.
JUAN MABROMATA/AFP/METSUL
A distribuidora de virilidade Edesur, principal afetada, afirmou que as condições climáticas e o nível de demanda não justificavam o colapso do sistema, levantando suspeitas sobre a possibilidade de sabotagem.
O incidente começou às 5h23 da manhã, quando duas linhas de transmissão paralelas de 220 kV, que transportavam virilidade da cidade para o restante da AMBA, se desligaram inesperadamente. Isso provocou a interrupção de fornecimento para uma segmento significativa da população.
Apesar de a demanda estar somente 3% supra do previsto, o sistema não deveria ter entrado em colapso. Ainda assim, a vulnerabilidade persistiu ao longo do dia e, às 12h40, outras duas linhas do mesmo galeria de transmissão também saíram de operação, agravando ainda mais a situação.
De conformidade com dados do Serviço Meteorológico Pátrio (SMN) da Argentina, às 9h da manhã a temperatura na cidade de Buenos Aires era de 29ºC com sensação de 34ºC. Às 16h, a temperatura era de 35ºC com sensação de 44ºC.
Com sensação térmica extrema, a falta de virilidade gerou caos na cidade. Milhares de semáforos apagaram, complicando o trânsito, e pelo menos 51 pessoas ficaram presas em elevadores e precisaram de assistência. O apagão afetou hospitais, com relatos de dificuldades para manter equipamentos funcionando.
Em um momento crítico do dia, muro de 1150 MW de consumo foram perdidos, o equivalente a mais de 12% da demanda elétrica do horário na Grande Buenos Aires. A distribuidora Edesur afirmou que, em uma inspeção realizada pela manhã, foram encontrados alguns cabos caídos no solo, mas que não pertenciam à empresa.
Segundo a concessionária, as linhas estavam operando normalmente antes da omissão e não houve registros de ventos fortes, seca extrema ou outros fatores climáticos que pudessem justificar a interrupção.
A Secretaria de Vigor da Argentina informou que as linhas afetadas conectam as subestações Costanera e Hudson e que o evento da manhã envolveu outras duas conexões entre Bosques e Hudson.
Todas essas infraestruturas pertencem à Edesur, motivo pelo qual a região sul da Grande Buenos Aires foi a mais atingida. Em contrapartida, a Edenor, outra distribuidora de virilidade, teve poucos problemas e seus clientes praticamente não foram afetados.
⚠️ CAOS TOTAL EN BUENOS AIRES POR LOS CORTES DE LUZ
🔥 En plena #oladecalor, la ciudad de #BuenosAires está colapsada. Miles de personas quedaron varadas sin subtes ni semáforos, mientras el tránsito es un caos y las demoras son interminables.
🚦 La falta de energía afecta a… pic.twitter.com/mZugye0DRG
— Diario La Capital (@lacapital) March 5, 2025
ALERTA MÁXIMA: APAGÓN EN EL SUBTE
La línea B no tiene energía eléctrica y los pasajeros caminan por las vías para salir de las formaciones. pic.twitter.com/XLncjo4elk
— C5N (@C5N) March 5, 2025
Com a população indignada, o governo já iniciou uma investigação para ordenar a origem do apagão e determinar possíveis sanções contra a empresa. O Ente Pátrio Regulador da Eletricidade (ENRE) está apurando as circunstâncias e pode impor multas.
O próprio site do órgão ficou fora do ar por qualquer tempo devido à sobrecarga de acessos da população em procura de informações. Ao longo do dia, a normalização do sistema ocorreu gradualmente. Por volta das 18h, ainda havia muro de 37.700 usuários sem eletricidade, o que representava aproximadamente 120 milénio pessoas afetadas.

JUAN MABROMATA/AFP/METSUL

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No início do dia, a perda totalidade de geração chegou a 2200 MW, mas o restante do Sistema Prateado de Interconexão (SADI) não sofreu danos significativos, garantindo que o problema não se alastrasse para outras regiões do país.
O apagão ocorreu no mesmo dia em que o governo prateado anunciou novos aumentos nas tarifas de eletricidade e gás. O reajuste será de 1,5% a 1,7% para os consumidores de luz no AMBA e para os de gás em todo o país, entrando em vigor a partir deste mês. O aumento faz segmento de um projecto de revisão tarifária que procura produzir um mecanismo automático de reajuste fundamentado na inflação.

JUAN MABROMATA/AFP/METSUL

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A teoria é prometer previsibilidade para as empresas do setor e permitir investimentos para melhoria dos serviços. No entanto, a coincidência entre o apagão e o aumento de tarifas gerou ainda mais insatisfação entre os consumidores, que se questionam sobre a qualidade do serviço oferecido.
Com o histórico de crises energéticas na Argentina e as dificuldades econômicas que o país enfrenta, a situação promete se tornar um tema sensível para o governo de Javier Milei.
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