China condena dois adolescentes por assassinato de colega de classe

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Um tribunal no setentrião da China aplicou longas penas de prisão a dois adolescentes por assassinarem um colega de classe com uma pá em março deste ano, informou a mídia estatal chinesa nesta segunda-feira (30), em um caso que desencadeou um debate público sobre delinquência juvenil.

Os suspeitos homens de sobrenome Zhang e Li foram condenados à prisão perpétua e 12 anos de prisão, respectivamente, por homicídio doloso por um tribunal na cidade de Handan, na província de Hebei, informou a CCTV, mas nenhum motivo foi oferecido.

O tribunal concluiu que os métodos do assassínio “foram particularmente cruéis e as circunstâncias particularmente hediondas”, acrescentou.

Um terceiro suspeito de sobrenome Ma escapou com uma sentença de “instrução correcional peculiar”, segundo a lei, explicou a emissora. Todos os três tinham 13 anos na quadra do assassínio.

Eles foram detidos um dia posteriormente o corpo da vítima de 13 anos, de sobrenome Wang, ter sido encontrado em 10 de março, enterrado em uma cova rasa em uma estufa abandonada nos periferia da cidade, afirmou a mídia estatal.

O tribunal disse que Zhang tinha a responsabilidade principal por matar Wang com uma pá e elaborou inicialmente o projecto de assassínio, enquanto Li, seu principal cúmplice, se juntou ao assassínio e subsequente enterro.

Ma seguiu a dupla até o lugar e testemunhou o transgressão, mas não participou.

Maioridade penal

Em 2021, a China reduziu a idade de responsabilidade criminal de 14 para 12 anos para certos crimes, mas manteve menores isentos da pena de morte.

Suspeitos de 12 a 14 anos podem enfrentar responsabilidade criminal por crimes graves, uma vez que homicídio doloso, se o promotor principal validar as acusações.

Na quadra do transgressão, a mídia estatal falou que todos os quatro eram filhos de trabalhadores migrantes rurais que passam a maior secção do ano trabalhando em grandes cidades, deixando os avós e outros parentes para cuidar dos filhos.

Dados do recenseamento de 2020 mostram que essas crianças “deixadas para trás”, uma vez que são chamadas, somam quase 67 milhões.

Estudos acadêmicos mostram que elas correm maior risco de tolerar problemas de saúde mental, tornando-se vítimas de bullying e comportamento criminoso.

Na quadra, alguns comentários em redes sociais e advogados exigiram a pena de morte, alegando que menores haviam recebido punição inadequada por crimes graves nos últimos anos.

FONTE:CNN

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