A produção de maçã em Santa Catarina, o maior produtor pátrio, encerrou a safra 2023/24 com uma queda de 24%, totalizando 423 milénio toneladas. Nascente é o menor volume registrado na série histórica mapeada pelo Observatório Agro Catarinense, representando uma redução significativa em relação às quase 555,2 milénio toneladas colhidas na safra anterior.
Segundo o Núcleo de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), órgão de pesquisa ligado ao governo do estado, a queda na produção foi impulsionada por problemas climáticos, principalmente o excesso de chuvas durante o período de floração.
As chuvas intensas não somente reduziram a produtividade dos pomares, porquê também causaram problemas fitossanitários, prejudicando a qualidade e o volume das frutas.
Variedades de maça
As variedades gala e fuji, que juntas representam 98% da produção catarinense de maçã, foram as mais afetadas. A produtividade da maçã gala caiu 27,35%, atingindo somente 27,9 toneladas por hectare, enquanto a fuji teve uma redução de 26%, com uma produtividade média de 25,7 toneladas por hectare.
A produção de maçãs precoces também sofreu um decréscimo, embora por um motivo dissemelhante. Neste caso, a redução da extensão plantada foi o principal fator que impactou o volume totalidade colhido.
Apesar de a produtividade ter aumentado em 5,66%, atingindo 30,7 toneladas por hectare, a extensão colhida diminuiu 15,15%, resultando em uma produção totalidade de 9,45 milénio toneladas, 10,35% menor que na safra anterior.
A expectativa é que a próxima safra apresente melhores condições climáticas, permitindo uma recuperação na produção e no volume de maçãs colhidas no estado.