Em 2006, Plutão deixou de ser considerado um planeta do Sistema Solar em seguida a União Astronômica Internacional (IAU) mudar a definição que explica cientificamente o que é um planeta. A partir daquele momento, Plutão foi reclassificado uma vez que um planeta pigmeu. Agora, quase duas décadas depois, uma equipe de cientistas está propondo novos parâmetros para definir se um corpo sideral pode ser considerado um planeta.
De entendimento com um cláusula publicado no servidor de pré-prints arXiv e aceito para publicação na revista científica Planetary Science Journal, existem algumas mudanças que podem ajudar a refinar a definição atualmente aceita pela comunidade científica. Um pré-print é um cláusula divulgado pelos cientistas antes de ter uma publicação em revista científica, quando os dados são revisados por outros pesquisadores.
Liderados pelo professor de ciências terrestres, planetárias e espaciais da Universidade da Califórnia (UCLA), Jean-Luc Margot, os pesquisadores planejam apresentar a proposta na próxima plenário universal da IAU, programada para ocorrer em agosto de 2024.
Uma das principais mudanças defendidas é a soma de uma propriedade importante: os planetas não devem ser limitados aos corpos celestes que orbitam o Sol. Atualmente, todos os objetos cósmicos que apresentam semelhanças com os planetas do nosso sistema, mas não orbitam o Sol, são chamados de exoplanetas. Ou seja, os autores acreditam que muitos desses exoplanetas são, na verdade, planetas.
O que é um planeta?
Estabelecida em 2006 pela União Astronômica Internacional, a atual definição do que é um planeta inclui três características específicas. É importante ressaltar que o objeto deve apresentar esses três atributos simultaneamente — não basta ter cada um separadamente.
Três características para definir um planeta:
- O objeto deve orbitar o Sol;
- O corpo sideral deve ser grande o suficiente para lucrar uma forma quase esférica, uma vez que ocorre na Terreno e nos outros planetas do Sistema Solar;
- Por último, o objeto deve ter tamanho suficiente para que seu campo gravitacional “limpe” a sua trajectória de outros corpos grandes.
O recente estudo explica que a propriedade de “limpar a trajectória” é muito simplista e não descreve exatamente o que isso significa. Assim, a novidade mudança propõe juntar alguns critérios que sejam mais fáceis de quantificar matematicamente tanto a “limpeza” quanto os outros atributos definidos pela IAU.
Três características propostas para a novidade definição do que é um planeta:
- O planeta deve orbitar uma ou mais estrelas, anãs marrons ou remanescentes estelares — não somente o Sol;
- Ele deve ser mais massivo do que 10^23 kg (dez ressaltado a 23);
- O objeto deve ser menos massivo do que 13 massas de Júpiter (2,5 × 10^28 kg).
Muitos cientistas acreditam que a mudança pode ser consideravelmente importante, pois as definições atuais são vagas e teoricamente podem levar a erros. A teoria é que as características sejam mais detalhadas para prometer que os objetos cósmicos sejam identificados corretamente pelos astrônomos.
“Ter definições ancoradas na quantidade mais facilmente mensurável — tamanho — elimina argumentos sobre se um objeto específico atende ou não ao critério. Esta é uma fraqueza da definição atual”, disse um dos coautores do cláusula e associado da Universidade da Colúmbia Britânica, Brett Gladman, em um enviado.
Plutão poderia voltar a ser um planeta?
Em 2006, Plutão foi reclassificado uma vez que um planeta pigmeu porque não apresenta a última propriedade mencionada na lista da atual definição da IAU: o corpo sideral não “limpou” sua trajectória o suficiente.
Se as novas adições forem realmente aceitas na plenário universal da IAU, elas não ajudarão a reclassificar Plutão. A novidade proposta inclui um limite mínimo de tamanho para que os planetas consigam limpar suas órbitas e o planeta pigmeu não se encaixa nessa propriedade.
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