Seis homens foram presos em flagrante na madrugada desta quarta-feira (8) enquanto furtavam cabos de virilidade subterrâneos da Light no Meio do Rio. Um deles é um policial militar que atuava uma vez que segurança do grupo enquanto o delito era cometido. A Polícia Social do Rio afirma que a presença dele era fundamental para prometer a falsa fisionomia de legitimidade das ações da quadrilha. Outro suspeito já estava respondendo em liberdade pelo mesmo delito.
Segundo a Polícia Social, as prisões ocorreram depois meses de investigações conduzidas pela Delegacia de Resguardo dos Serviços Delegados. A audácia do grupo impressionava: vestidos com uniformes falsos da Light, os criminosos usavam veículos disfarçados com logomarcas da empresa e até apresentavam ordens de serviço fraudulentas para não levantar suspeitas.
No momento das prisões, realizadas na avenida Nilo Peçanha, no Meio do Rio, um dos integrantes foi flagrado emergindo de um bueiro, carregando cabos que tinham sido furtados instantes antes. Nos veículos utilizados pela quadrilha, os policiais encontraram toneladas de cabos de cobre e materiais de uso individual da concessionária. Foram apreendidos tapume de 800 quilos de cabos subtraídos.
Segundo a Light, os cabos furtados eram responsáveis por nutrir pontos estratégicos e essenciais da cidade, uma vez que o Tribunal de Justiça e diversos hospitais. Conforme a empresa, o rapinagem desses materiais culpa prejuízos à concessionária e coloca em risco o funcionamento de serviços essenciais que impactam diretamente a população.
Os seis presos foram autuados pelos crimes de rapinagem qualificado e associação criminosa. As investigações continuam para identificar possíveis compradores do material furtado, além de outros envolvidos na quadrilha.
Em nota, a Light disse ainda que colaborou com as autoridades e que repudia veementemente qualquer ato de violência ou meandro de conduta.
Segundo a concessionária, de janeiro a novembro de 2024, a Light registrou 317 casos de rapinagem de cabos, resultando em um prejuízo superior a R$ 7 milhões e na perda de tapume de 45 milénio metros de cabos. Em 2023, foram contabilizadas 373 ocorrências, o que gerou um dispêndio de quase R$ 4 milhões para a recomposição da rede elétrica.