Em meio às queimadas no Centro-Oeste, o impacto no plantio da soja

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As queimadas no Meio-Oeste brasílio fazem de 2024 um dos anos com mais focos de incêndio da última dezena. O oferecido é do Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (Inpe), que registrou um aumento considerável: Mato Grosso do Sul teve um propagação de 601%, totalizando 11.990 focos; o Região Federalista aumentou em 269%, com 318 focos; e Mato Grosso viu um aumento de 217%, alcançando 45 milénio focos. Em setembro, Mato Grosso foi responsável por 23,8% dos incêndios no Brasil, enquanto o Pará somou 21,2%.

Sebastião Pedro da Silva Neto, chefe-geral da Embrapa Cerrados, destaca que, embora o calendário do plantio da soja não seja substituído diretamente pelas queimadas, os impactos ambientais são claros. “A expectativa para a safra 2024/25 é de produtividade normal, mas a redução no uso de insumos, uma vez que fertilizantes e defensivos, pode afetar essa produtividade, principalmente em um cenário de dificuldades financeiras para os agricultores.” Atualmente, todas as regiões do Meio-Oeste já estão liberadas para o plantio do grão.

Nascente: Embrapa Soja

O setor agrícola enfrenta diversos desafios, sendo forçoso manter uma produtividade regular e asseverar condições favoráveis para o desenvolvimento das lavouras. “As queimadas e a seca no Meio-Oeste atrasam o plantio da soja e comprometem a sustentabilidade e a produtividade”, ressalta.

A procura por soluções integradas, que envolvam práticas agrícolas sustentáveis e políticas públicas eficazes, é fundamental para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e da gestão do uso do incêndio. As previsões climáticas apontam para condições normais, e espera-se que leste ano traga um clima favorável e chuvas regulares, o que poderá contribuir para o aumento da produtividade.

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Situação do clima

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Foto: Freepik

As previsões meteorológicas para o Meio-Oeste apontam chuvas na média, mas o início das chuvas é fundamental para o plantio. As queimadas a palha, que é forçoso para o plantio direto, e também a material orgânica do solo, indispensável para a produtividade. Silva Neto destaca que “o plantio direto, uma tecnologia agrícola sustentável, não pode ser realizado sem a palha”.

Ele comenta que os agricultores têm adotado medidas de proteção nas margens das rodovias e manejado a palha para evitar que incêndios se iniciem e se espalhem para suas propriedades. No entanto, muitos focos de incêndio surgem nas áreas urbanas, frequentemente devido à queima de lixo e à falta de cuidados com o material combustível. A má manutenção das margens das rodovias, onde se acumula capim sedento, agrava a situação.

Essas práticas visam minimizar os riscos de incêndio, uma vez que o controle da vegetação nas beiras das rodovias. Porém, a queima inadequada de lixo em áreas urbanas continua a ser um fator crítico. “Políticas públicas focadas na limpeza e no manejo adequado das margens das rodovias são essenciais para reduzir a quantidade de material inflamável”, conclui.

FONTE: CANAL RURAL

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