Entenda por que SP fechou unidades de conservação para prevenir incêndios

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O fechamento emergencial de 80 unidades de conservação localizadas na região metropolitana e no interno paulista, anunciado pelo governo de São Paulo, tem o objetivo de proteger a população e direcionar 100% do corpo de funcionários para o monitoramento e eventuais ações de combate a incêndios florestais.

A decisão foi tomada em resposta ao crescente risco de incêndios, que colocam em risco tanto os visitantes porquê as áreas de preservação. As unidades são geridas pela Instalação Florestal, órgão vinculado à Secretaria de Meio Envolvente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado.

A relevância de fechar os parques é para que possamos envolver toda a equipe de campo no monitoramento do perímetro das unidades. Assim, em eventuais incêndios nesse perímetro, conseguimos identificar de forma rápida e dar uma pronta resposta”, explica Jônatas Trindade, subsecretário de Meio Envolvente da Semil.

Outrossim, em regiões mais sensíveis a grandes incêndios, a presença de público dentro das unidades coloca em risco a segurança dos presentes e ainda aumenta a chance de queimadas causadas por ação de qualquer visitante no interno do parque.

O fechamento seguirá até 12 de setembro, podendo ser ampliado de convénio com condições climáticas e os riscos associados.

Ampliação de brigadistas nas unidades

O monitoramento dos focos é feito tanto por via terrestre porquê por meio de drones. “As equipes ficam circulando no entorno das unidades, que são grandes, com focos naquelas de maior risco. Outrossim, são acompanhadas pelos brigadistas contratados e bombeiros civis, para fazer, além do trabalho preventivo, o ataque aos incêndios identificados”, afirma Trindade.

Nesta segunda-feira (2), a Instalação Florestal assinou um aditivo de contrato disponibilizando mais 15 equipes de campo de bombeiros civis para atuar nas unidades, que se somam às 19 equipes já existentes.

Para esse incremento, fizemos a avaliação com alguns critérios: a sensibilidade ambiental da espaço, a fragilidade ou a maior incidência de incêndios no território, o tamanho e a relevância biológica das unidades”, relata o subsecretário. Outrossim, equipes que ficam no litoral, onde há menor tendência de incêndios, foram deslocadas para também fazer o atendimento nas regiões mais sensíveis.

O governo de São Paulo também tem chamado a iniciativa privada para somar esforços nas ações de prevenção às queimadas. “Conseguimos espeque de empresas do setor florestal, que têm uma rede de monitoramento nas unidades produtivas delas, mas que têm um alcance fora”, diz Jonatas Trindade.

As torres com câmeras podem ter um alcance de até 100 km, a depender da topografia. “As empresas conseguem monitorar e identificar focos de incêndio no entorno das unidades produtivas que têm interface com unidades de conservação. Com isso, podem nos orar de inesperado para termos uma pronta resposta”.

Nesta terça-feira (3), o governo paulista anunciou uma ampliação das ações de enfrentamento às queimadas em parceria com a iniciativa privada, com a disponibilização das estruturas de monitoramento e combate de entidades de setores florestais, produtores de açúcar, robustez elétrica, gás, chuva, empresas florestais e concessionárias de rodovias.

A cooperação ocorre em momento de agravamento das condições climatológicas favoráveis aos incêndios. O número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano na confrontação com 2023. Outrossim, murado de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios.

Temos um planejamento muito muito estabelecido cá no estado, com um projecto de limitado, médio e longo prazo. E para robustecer isso cada vez mais, ficou acordado que cada um vai mandar as informações de suas infraestruturas, principalmente do que chamamos de infraestruturas críticas. Vamos associar os mapeamentos para termos esse planejamento articulado dentro do nosso gabinete de crise”, afirma a secretária do Meio Envolvente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.

A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), por exemplo, conta com 10 milénio brigadistas e 2 milénio caminhões pipa disponíveis para combater incêndios nos canaviais. Já a Florestar, associação do setor produtor de florestas plantadas, reúne empresas que podem oferecer infraestrutura e tecnologia para atuar em conjunto com o governo para o monitoramento de Unidades de Conservação afetadas pelas chamas.

Previsão para os próximos dias

A situação das queimadas no estado de São Paulo se agravou entre 2 de agosto e 3 de setembro, período em que 245 municípios foram atingidos pela incidência de lume, 48 deles em alerta sumo. Outrossim, a estiagem ainda persiste no estado fazendo de setembro um mês crítico e propiciando piora no cenário dos incêndios.

De convénio com a meteorologista da Resguardo Social Desiree Brant, a previsão pelo menos para os primeiros 20 dias de setembro é de tempo sequioso. Uma tamanho de ar sequioso deve impedir a chuva, propiciar temperaturas elevadas, reduzir a umidade do solo e aumentar o risco de lume.


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FONTE: CANAL RURAL

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