Há pouco mais de um ano, o Supremo Tribunal Federalista (STF), decidiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, não poderiam mais se expedir, inclusive por meio de jurisconsulto, e estar no mesmo envolvente.
A decisão ocorreu posteriormente os dois terem sido alvos da Operação Tempus Veritatis, realizada em fevereiro do ano pretérito pela Polícia Federalista, quando a sede do PL, em Brasília, foi objectivo de mandado de procura e mortificação.
Durante a ação, Valdemar chegou, inclusive, a ser recluso por porte proibido de armas.
Um ano depois, a Procuradoria-Universal da República (PGR) optou por denunciar o ex-presidente Bolsonaro e outras 33 pessoas, no contexto das investigações de um projecto de golpe de Estado no país. O nome de Valdemar não está nessa lista da PGR.
Por isso, começa a ventilar, no entorno do presidente do partido, a possibilidade de ele entrar com uma ação pedindo a revogação da proibição de contato com Bolsonaro. Interlocutores, ouvidos pela CNN, justificam que, se Valdemar não está na lista dos denunciados, não há mais “motivos” para que ele não possa falar com o ex-presidente.
Algumas pessoas ouvidas afirmam que ele deve entrar com a medida já nessa próxima semana, uma vez que o ex-presidente entregou a revelação de resguardo ao Supremo Tribunal Federalista.
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, ressaltou que Valdemar sempre expressou vontade de voltar a falar com Bolsonaro e que, antes mesmo da denúncia, ele já não via sentido e, agora, “menos ainda”. No entanto, ele não soube declarar com certeza se o presidente do PL vai entrar mesmo com o pedido.
Uma outra pessoa próxima a Valdemar, no entanto, tem um raciocínio na risca oposta, ponderando que é melhor ele não levantar poeira por enquanto. Já que a jornada de Bolsonaro na Justiça ainda enfrentará muitos capítulos.
Mas a teoria de que eles voltem a se falar parece ser maioria no entorno do presidente da {sigla}.
Durante o ano em que tiveram que se manter distantes, os dois puderam se expedir em somente um momento: na missa de sétimo dia da mãe do dirigente partidário. De resto, tiveram que traçar estratégias para eventos em que os dois marcaram presença, mas sem poder se encontrar.