A funcionária do laboratório PCS Lab Saleme responsável por assinar os exames de HIV errados que culminaram na infecção pelo vírus a pacientes transplantados no Rio de Janeiro se entregou à Polícia Social do Rio de Janeiro na tarde desta terça-feira (15).
Jacqueline Iris Bacellar de Assis era considerada foragida. Nos laudos, Jacqueline consta porquê biomédica, mas o número de registro utilizado pertence a outra pessoa.
Na segunda-feira (14), o sócio principal do laboratório, Walter Vieira, e o técnico responsável pela estudo do material, Ivanilson Fernandes, foram presos.
Seis pessoas foram infectadas com o vírus HIV posteriormente receberem órgãos transplantados, devido a exames com resultados falsos-negativos para HIV emitidos pelo laboratório PCS Lab Saleme.
Em nota, o laboratório afirmou que Jacqueline havia assinado diversos exames nos últimos meses e que, no momento de sua contratação, apresentou um diploma de formação em biomedicina.
O laboratório também divulgou uma suposta troca de mensagens com a funcionária no momento da contratação. O legista de Jacqueline, José Félix, afirmou à CNN que ela desconhece a conversa apresentada pela empresa à prensa.
Relembre o caso
Seis pacientes contraíram o vírus HIV posteriormente passarem por transplantes de órgãos no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, dois doadores teriam feito inspecção de sangue no laboratório PCS Lab, localizado Baixada Fluminense, e os resultados deram falso negativo. Com isso, os receptores foram infectados.
Segundo apurou a CNN, os infectados já estão cientes e os órgãos de outros 288 doadores estão passando por novidade testagem no estado.
Em nota, a empresa afirma que dará “suporte médico e psicológico” aos pacientes infectados e seus familiares e que está à disposição das autoridades para a investigação sobre o caso. O laboratório afirmou que o caso é “um incidente sem precedentes na história da empresa, que atua no mercado desde 1969”.
O laboratório foi contratado pela Secretaria de Estado de Saúde para testar os doadores de órgãos. O contrato, firmado pela Instalação Saúde do RJ em dezembro de 2023, tinha duração de 12 meses e um valor totalidade de muro de R$ 11 milhões.
A pasta informou que uma percentagem multidisciplinar foi criada para amparar os pacientes afetados e assegurou que o laboratório contratado para realizar o inspecção nos doadores teve o contrato suspenso. Novos exames serão realizados pelo Hemorio.
“A Secretaria está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório”, explica o transmitido.