A Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso de Goiânia (GO) investiga um varão que deu um golpe milionário na própria sogra, de 65 anos. Ao todo, o suspeito teria lesado a vítima em tapume de R$ 30 milhões.
Segundo o jurisconsulto Leonardo Jubé, representante da idosa, que não terá o nome divulgado para preservação de sua imagem, o transgressão foi cometido pelo empresário Arthur Lucena Ferreira da Silva. De convenção com a equipe judicial da vítima, o denunciado utilizou da quantia roubada para realizar investimentos e constituição de empresas.
Antes de levar o caso à Justiça, a idosa, que também é empresaria, teria procurado diversas vezes o empresário para que acertassem as contas.
Em curso, existe um questionário policial e uma ação judicial, na esfera cível, contra o suspeito. Na ação que tramita no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), constam unicamente as transferências realizadas a partir das contas de pessoa física da idosa, que somam-se R$ 12 milhões, do qual há comprovantes das transações. Já de transferências feitas das contas jurídicas dela, seriam mais de R$ 20 milhões.
“Ele respondeu que não tinha contas a prestar, que se trata de uma relação familiar. Diante disso, nos restou ajuizar a ação e a Justiça reconheceu que temos razão em pedir essa prestação de contas”, afirma o jurisconsulto Jubé.
Durante as tentativas de rastrear o verba, a resguardo descobriu que Arthur atuava irregularmente no mercado financeiro, sem cadastro junto à Percentagem de Valores Mobiliários (CVM). “Essa atuação irregular pode configurar um esquema de pirâmide, em que recursos de um investidor são usados para entupir de outros, numa confusão entre diversas pessoas físicas e jurídicas.”, prossegue o jurisconsulto.
Ex-sócios do varão também teriam perdido verba, em situações semelhantes, segundo afirma a resguardo da vítima. De convenção com a denúncia, os valores obtidos pelo golpista eram passados para o CPF dele. Depois, ele simplesmente sumia com as quantias.
“Assinei contratos sem ler, coisa que nunca havia feito. Agora, só me resta tentar reaver pelo menos secção disso judicialmente”, pontua a idosa.
Outros dois filhos dela, também teriam sidos lesados indiretamente por Arthur.
O golpe
Segundo a resguardo da empresária, Arthur começou a rondar a vítima em 2018, quando entrou para a família em seguida iniciar um relacionamento com a filha dela.
Em 2021, em plena pandemia, ele e a esposa foram morar na moradia dos sogros depois que a filha engravidou. Na idade, ele a convenceu a investir em seus ‘negócios’.
“Minha filha se casou, engravidou e, porquê morava em um apartamento pequeno, eu a convidei para morar em minha moradia. Ele passava o tempo todo ao meu lado. Ele (Arthur) tem o poder de convencimento, acreditei mais nele do que nos meus próprios filhos. Ele sempre dava garantias, dizia que estava tudo muito, tudo dando visível. Ele levou todo o meu valor líquido, tudo o que eu tinha. Não me conformo. Fiz para ele o que nunca fiz em minha vida inteira”, desabafa a sogra.
“Ela queria ajudar o genro a inaugurar a vida empresarial para ter um horizonte com segurança para a família que ele estava constituindo”, afirma o jurisconsulto da idosa.
R$ 5 milhões foi uma das primeiras quantias repassadas ao genro para a emprego em bitcoins. Depois, cada vez mais, ele a convencia a realizar novos investimentos. Ao todo, os valores somam R$ 30 milhões, o que corresponde a todo o valor que a idosa herdou do pai.
Segundo a criminação, os golpes contra a própria sogra duraram aproximadamente um ano e meio.
A CNN entrou em contato com a Polícia Social de Goiás que investiga o caso e aguardo retorno. A resguardo de Arthur Lucena Ferreira da Silva também foi procurada. O espaço segue lhano para sintoma da secção.