Apesar de a Orbe ter diretrizes muito claras sobre publicidade em seu Jornalismo e até nas redes sociais de seus profissionais, o SP1 deste sábado (7) acabou fazendo propaganda gratuita para a escritora Renata De Luca, que participa da 27ª edição da Bienal do Livro. O que o telejornal não revelou é que a profissional foi uma das mulheres fortes da emissora nas duas últimas décadas –ela chegou a ser editora-executiva do próprio SP1.
Renata apareceu uma vez que personagem de uma reportagem sobre o incremento de autoras mulheres em gêneros que eram considerados masculinos, uma vez que o suspense, o terror e o transgressão.
Cristina Mayumi narrou que Renata é jornalista e passou “40 anos trabalhando em grandes Redações”, mas em nenhum momento citou que ela foi editora do jornal que a divulgava. “Renata De Luca é jornalista. Na aposentadoria, virou escritora e tem dois livros publicados”, disse a repórter.
“Eu trabalhei em televisão muitos anos, e a gente cobre muito polícia. Logo, quando resolvi virar escritora, foi muito mais simples entrar nessa extensão, inaugurar a ortografar livros policiais, porque a gente tem isso no dia a dia”, contou Renata na entrevista para o telejornal.
Na sequência, Cristina citou nominalmente os dois livros já publicados pela ex-editora –com quem nunca chegou a trabalhar diretamente, já que entrou na Orbe de São Paulo em 2021, dois anos depois da aposentadoria de Renata.
“A Estrela do Ocluso é um suspense, e mais recentemente, saiu o thriller A Vingança É Virente Esmeralda. Depois de 40 anos trabalhando em grandes Redações, trocou as notícias da vida real pela ficção”, continuou a repórter.
“Eu acho que jornalista tem essa visão do todo, a visão do mundo. Logo, eu sempre parto de qualquer traje real e aí eu dou a minha leitura para isso. Aí eu brinco e crio a ficção. É muito mais risonho, a gente pode fazer o final que quiser na ficção”, encerrou Renata.
Quem é Renata De Luca?
Renata De Luca se formou em Jornalismo pela Faculdade Casper Líbero em 1979. No ano seguinte, começou a trabalhar na Band, onde ficou até março de 1984. Em outubro do mesmo ano, migrou para a Orbe, da qual foi repórter de telejornais locais e de rede até agosto de 1990.
Depois de trabalhar com assessoria de prensa e direção e produção de documentários independentes, voltou em 2002 para a Orbe, onde ficou até dezembro de 2019.
Em sua segunda passagem pela emissora, foi editora-executiva do SP1 e do SP2, editora-sênior do Jornal Hoje, coordenadora de núcleos do Jornalismo, além de repórter e produtora do Fantástico.