O ex-candidato Pablo Marçal (PRTB) publicou nesta sexta-feira (1°) um vídeo em que distribui ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em meio a tensões pela liderança da direita e com as eleições presidenciais de 2026 à vista, Marçal pediu para Bolsonaro “tocar a vida” e disse que, se o ex-presidente não estiver “em sossego”, o “pau vai quebrar”.
“Bolsonaro, toca a sua vida aí, irmão, seja candidato. Deixa eu em sossego aí. Estou falando sério, eu palato de você, fica tranquilo. Toca a sua vida, eu já vi que tem todos os bolsonaristas querendo se levantar contra mim. Eu estou ‘de boa’, eu vou fazer o que eu tenho que fazer cá e em 2026 ‘nois’ vê””, disse o ex-coach, que já demonstrou intenção de se candidatar à Presidência em 2026. A reportagem procurou Bolsonaro, que não se manifestou até a publicação. O espaço segue simples.
No vídeo, Marçal destacou o vestimenta de Bolsonaro estar inelegível posteriormente decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o impede de disputar eleições até 2030. Para permitir a candidatura do ex-presidente em 2026, o PL quer autenticar um projeto de anistia que o beneficie. Segundo Marçal, em vez de focar em se tornar capaz para o próximo pleito, o ex-chefe do Executivo quer ser um “malvadão” ao disparar críticas contra ele.
“Cê tem meu reverência, pequeno você, fica ‘de boa’. Seu problema não é comigo não, é com o STF. Você tem que ser elegível pra disputar a eleição. Luta por isso e eu vou estar torcendo por você, você sabe disso. Mas não fica vindo pra cima de mim porque nós não somos do mesmo partido, eu não devo satisfação para você. Cuida da sua vida, face. Não tenta ser o malvadão para cima de mim não, porque eu sou uma pessoa boa.”
Desde o período de campanha nas eleições municipais deste ano, quando Marçal ficou em terceiro lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo, ele e o ex-presidente abriram queima, um contra o outro, em declarações. Nesta quarta-feira (30), o ex-presidente disse que se arrependeu de ter oferecido uma medalha para Marçal em junho deste ano.
“Uma vez que começou a vaga Marçal? Há três meses ele queria falar comigo, eu conversei com ele. Só ele e mais ninguém. Até dei uma medalha para ele, que foi onde eu errei”, disse o ex-presidente. Em resposta, o político do PRTB afirmou que vai entregar o item.
Em outra troca de farpas, Marçal exigiu de volta os R$ 100 milénio que ele investiu na campanha do ex-presidente na disputa contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022. Na semana passada, Bolsonaro disse que a doação “foi do coração” e que a direita achou “erroneamente” que ele apoiava o político do PRTB.
“O pessoal da direita achou que eu estava com ele e não estava, não era verdade. Lamentavelmente isso aconteceu, depois foi uma dor de cabeça enorme para a gente mostrar que o nosso candidato era quem já vinha dando evidente, quem tinha tudo para continuar um bom trabalho cá em São Paulo e aconteceu”, disse o ex-presidente, exaltando o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reeleito em outubro.
No termo do primeiro vez, quando Marçal ficou de fora da disputa entre Nunes e o deputado federalista Guilherme Boulos (PSOL). Ele exigiu uma retratação pública de Bolsonaro uma vez que moeda de troca para estribar o atual prefeito, que se saiu vitorioso no termo da disputa. Segundo aliados do ex-presidente, o gesto cessou qualquer possibilidade de aproximação entre os dois.