Um “contra-senso” e um “afecção”. Foi logo que a ministra do Meio Envolvente e Mudança do Clima, Marina Silva, definiu os preços das hospedagens em Belém, capital do Pará, que vai sediar a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em novembro deste ano. Marina afirmou que o governo está pensando em formas de prometer a participação de todos os países, sem previsão de mudança de cidade.
Para Marina Silva, é originário o aumento de preços em grandes eventos, mas é preciso prometer a participação das nações, sobretudo daquelas em desenvolvimento, cuja presença a ministra considera fundamental.
Em visitante à capital paraense neste término de semana, o ministro do Turismo, Celso Sabino, disse que o diálogo do governo com o setor hoteleiro tem surtido efeito e, segundo ele, todas as delegações vão conseguir hospedagem a preços justos.
Nos últimos dias, um grupo de negociadores internacionais apresentou à ONU preocupações com os preços das hospedagens em Belém, o que poderia impedir a participação das delegações representadas. Alguns chegaram a pedir que a COP30 fosse transferida para outra cidade.
Depois isso, o presidente da COP30, o legado brasílio André Corrêa Lago, descartou a mudança de lugar. Em conversa com jornalistas, na última sexta-feira, Lago afirmou que “os preços estão muitíssimos mais altos” e acrescentou que há uma operação do governo federalista para “confirmar que todos os países, mesmo os mais pobres, possam” participar da COP.
Nas redes sociais, usuários relatam e postam imagens de simulações de hospedagem com valores muito supra dos praticados em outras temporadas. Até o fechamento desta material, a reportagem não conseguiu contato com entidades representativas do setor hoteleiro em Belém ou no Pará.