A morte de Silvio Santos (1930-2024) neste sábado (17) acontece dois dias antes do natalício de 43 anos do SBT, que ele fundou e um de seus grandes projetos de vida. A emissora foi lançada às 9h30 de 19 de agosto de 1981, com a transmissão ao vivo da assinatura do contrato de licença. A TV havia prestes para o domingo (18), véspera da celebração, o lançamento do +SBT, sua plataforma gratuita de streaming.
O apresentador será uma figura muito presente no novo serviço –um dos canais lineares da plataforma será devotado exclusivamente aos programas já comandados pelo fundador do SBT.
Para o projeto, foram resgatadas edições do Porta da Esperança (1984-1996), do Em Nome do Paixão (1994-2000), do Zero Além da Verdade (2008-2010) e do próprio Programa Silvio Santos, quando ainda era chefiado por ele –agora, a atração está sob o comando de Patricia Abravanel.
Além da programação ininterrupta só voltada para Silvio Santos, o apresentador também ganhará um documentário no projeto Coleção SBT. Apesar de ele ser avesso a gravar depoimentos sobre si mesmo, Carolina Gazal, diretora de teor multiplataforma do SBT, prometeu que há um “material inédito” relacionado ao apresentador.
Até o som característico da plataforma –uma espécie de “tudum” da Netflix– foi criado a partir do jingle “Silvio Santos vem aí”. No evento de lançamento do +SBT, Daniela Beyruti, filha do empresário e vice-presidente do SBT, disse que o pai estava “superanimado” com a novidade empreitada da emissora.
O apresentador chegou a prometer para a filha que, logo que se recuperasse completamente da H1N1, iria a feiras de cinema para comprar filmes para nutrir o “S” –foi assim ele batizou a plataforma, em referência ao N da Netflix.
“Ele já está empolgado e acho que isso nos dá conforto. Saber que é a nossa curadoria, sabe? O que as pessoas vão observar dentro do +SBT não passa daquilo que o SBT é”, arrematou ela na ocasião.