A mosca-dos-chifres é reconhecidamente um dos maiores desafios sanitários da pecuária brasileira. O inseto justificação prejuízos estimados em mais de R$ 15 bilhões por ano, compromete o bem-estar dos bovinos e traz impactos diretos à produção de mesocarpo e leite.
De concordância com o médico-veterinário e gerente de Serviços Técnicos de Animais da Vetoquinol Felipe Pivoto, a praga justificação perdas de tapume de uma arroba (15 kg) em bovinos de incisão em pausa médio de 210 dias, considerando uma infestação entre 200 e 260 moscas por bicho.
“Já em bovinos de leite, existem trabalhos que mostram redução de 15% a 20% na produção de leite. Aliás, um bicho estressado acaba desempenhando menor atividade nas questões reprodutivas”.
Segundo ele, o controle da mosca-dos-chifres ainda depende do manejo químico. “Mas existem práticas de manejo ambiental, principalmente a questão da preservação do besouro que vai finalizar competindo com as pulpas e as larvas da mosca e, assim, reduzir a infestação ambiental”.
Pivoto lembra que questões epidemiológicas sofrem variações de concordância com a região e, no Brasil, chuva e temperaturas elevadas são presentes em praticamente todo o ano, o que aumenta a incidência da praga.
“Essa questão está muito atrelada às precipitações. Quando inicia as chuvas, temos o início da presença da mosca. Em locais onde a chuva inicia em setembro, porquê neste ano em Mato Grosso, por exemplo, começou a infestação da mosca. O mesmo para o Rio Grande do Sul: a partir de novembro, com a retomada das chuvas e a temperatura elevada, aumentou a infestação”.
Para o médico-veterinário, é principal que o pecuarista não espere que a infestação da praga já esteja estabelecida para agir e lance mão de um controle integrado. “Caso contrário, vemos situações de perdas até maiores do que 15 kg [em bovinos de corte em intervalos médios de 210 dias] porque tem infestações de mais de 800 moscas por bicho”, finaliza.