MP da Bahia denuncia policiais militares pela morte de funcionário da Embasa

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O Ministério Público da Bahia denunciou à Justiça, no dia 18 de dezembro, os policiais militares Cláudio Alves dos Prazeres Júnior, Igor Portugal da Fonseca e Rafael Vieira da Silva pela morte de Welson Figueredo Macedo, ocorrida em 9 de julho deste ano, no bairro de Fortaleza Branco, em Salvador. O varão era funcionário terceirizado da Embasa.

Os policiais são acusados pelo transgressão de homicídio qualificado cometido sem a possibilidade de resguardo da vítima e o MPBA pediu o encolhimento cautelar dos policiais do policiamento ostensivo por murado de 180 dias. Outrossim, também solicitou proibição de entrada ao bairro onde ocorreu o transgressão e contato com testemunhas e familiares de Welson enquanto instrução processual insistir.

A denúncia foi recebida no último dia 19 pela Justiça, que avaliará os pedidos feitos pelo MP no curso da instrução criminal e o processo tramita no 2º Raciocínio da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador.

De harmonia com a denúncia, a vítima foi atingida por um tiro de carabina nas costas, que levou a um traumatismo abdominal, motivo pelo qual foi a óbito. Com base em testemunhos e imagens de câmeras de segurança, presentes no questionário policial, a denúncia desconstrói a versão dos denunciados de que Welson estaria armado e teria participado de uma troca de tiros.

Um colega de trabalho, que é uma das testemunhas do caso, afirma que a vítima não portava arma e as imagens mostram que Welson retornava do trabalho no momento em que foi atingido, diferentemente do alegado pelos denunciados. A vítima trabalhava porquê funcionário terceirizado na Embasa.

Na resguardo, os policiais afirmaram que estavam perseguindo três indivíduos que haviam praticado um roubo e, durante a troca de tiros, Welson foi atingido. Porém, as imagens mostram que ele não tinha relação com os suspeitos e foi atingido posteriormente os PMs terem pretérito.

Outrossim, eles teriam removido a bolsa e a motocicleta da vítima, deslocado a viatura policial para outro lugar e ainda adicionado arma de queimada na cena do transgressão para simular um suposto confronto. Segundo a denúncia, a perícia não encontrou vestígios de pólvora nas mãos de Welson.

Os denunciados ainda podem ser responsabilizados por transgressão de fraude processual, por conta da modificação da cena do transgressão. Por se tratar de um delito militar, a investigação será analisada por uma Promotoria de Controle Extrínseco da Atividade Policial para que as medidas cabíveis sejam tomadas.

 

FONTE:CNN

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