Dados da Secretaria de Negócio Exterior (Secex), compilados pela Citrus BR, apontam que as exportações de suco de laranja caíram 26% no aglomerado de julho a setembro deste ano, período que representa o primeiro trimestre da safra 2024/25.
No entanto, em receita, o resultado dos embarques da bebida foi positivo, com subida de 43% no período, somando mais de US$ 850 milhões.
Segundo o comentador setorial do Rabobank Brasil Andrés Padilla, a oferta global do resultado caiu significativamente na safra 2024/25 por conta de uma quebra estimada em 30% na produção brasileira, assim uma vez que problemas na Flórida e no México, dois outros importantes mercados.
“Isso significa que a oferta global de suco de laranja vai desabar mais ou menos 30% também, portanto a demanda está se ajustando, o que explica o vestuário de, neste momento, os preços estarem em um patamar historicamente sobranceiro”.
Contratos do suco de laranja
De concordância com ele, a previsão é que o preço médio dos contratos futuros em Novidade York sejam negociados na média de US$ 4,60. Na safra 23/24, o preço ficou mais ou menos entre US$ 3,50 e US$ 3,60, portanto uma subida muito relevante no preço internacional [está por vir], refletindo essa falta de oferta”.
Padilla ressalta que na produção brasileira da safra 24/25, ocorreu a chamada “tempestade perfeita”, visto que ondas de calor acentuadas atingiram a cultura durante a florada em 2023 e o estado de São Paulo, o maior produtor de suco de laranja do país, sofreu com a pior seca das últimas décadas em 2024, além do aumento de incidência de greening.
“Se essa ‘tempestade perfeita’ não se repetir em 2025 e o clima for mais brando, São Paulo e o Triângulo Mineiro Minas têm condições de produzir mais, aproximando-se das 260 milhões de caixas. Já a Flórida [nos Estados Unidos] vem de um declínio irreversível e eles devem produzir unicamente entre 10 e 12 milhões de caixas nesta safra”.
De concordância com ele, a tendência é que para safra 2024/25 a demanda global tenha queda de 18%.