Ossos fossilizados de um parente grande do tatu encontrados na Argentina com marcas de namoro sugerindo abate indicam que humanos estavam presentes na América do Sul muro 21 milénio anos detrás, de concordância com pesquisadores, período anterior ao estimado até agora.
Os ossos eram de um mamífero vegetariano com armadura de tamanho grande chamado Neosclerocalyptus, segmento de um grupo chamado glyptodontes que habitou as Américas por mais de 30 milhões de anos antes de serem extintos no termo da Era do Gelo, muro de 10 milénio anos detrás.
Os pesquisadores afirmaram que os cortes nos ossos parecem ter sido feitos por pessoas utilizando instrumentos de pedra. Isso indica possante evidência da presença da nossa espécie, Homo sapiens, ainda que nenhum fóssil humano tenha sido encontrado no sítio.
Os glyptodontes são parentes dos atuais tatus, ainda que muito maiores — algumas espécies chegavam a ter o tamanho de um coche pequeno. Eles tinham uma armadura óssea grande, que lembra um casco de tartaruga, assim porquê uma espécie de cimeira, além de uma possante rabo e membros curtos.
Os Neosclerocalyptus eram uma das menores espécies. O quidam nesse estudo tinha 180 cm de comprimento e pesava muro de 300 kg. As marcas no osso foram encontradas na regiões da pélvis, da rabo e da sua armadura.
“O sítio dos cortes é consistente com a sequência de abate que foca regiões com muita mesocarpo, ou seja, os cortes não estavam distribuídos de maneira aleatória, mas focados nos elementos do esqueleto que continham grandes grupos musculares porquê a pélvis e a rabo. É um padrão típico visto no processo de abate de animais,” disse o antropólogo Miguel Fino, da Universidade Vernáculo de La Plata, responsável sênior do estudo publicado nesta quarta-feira (17) no jornal PLOS ONE.
Os formatos dos cortes também são consistentes com aqueles criados utilizando tipos de ferramentas de pedra lascada e martelos de pedra, acrescentou Fino. O antropólogo e líder do estudo Mariano del Papa, da Universidade Vernáculo de La Plata, disse que “os únicos capazes de fazer (esse tipo de marcas) são os humanos.”
A risca do tempo para ocupação das Américas é um tema de intenso debate, com algumas descobertas recentes indicando que os humanos chegaram muito antes do que estimado inicialmente. O papel dos humanos na extinção de diversos grandes mamíferos nas Américas também foi objeto de controvérsia. Os fósseis do Neosclerocalyptus estão entre as evidências mais antigas da interação humana com esses grandes animais da Era do Gelo.
“Até pouco tempo detrás, o protótipo tradicional sugeria que os humanos modernos (Homo sapiens) entraram nas Américas 16 milénio anos detrás, portanto a maior segmento da evidência arqueológica foi colocada dentro daquele período. Nos últimos anos, novas evidências indicam presença humana anterior”, disse Fino.
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