Dimitri Payet surpreendeu ao revelar ao jornal L’Équipe, da França, que já assinou um entendimento para retornar ao Olympique de Marseille no horizonte. O meia do Vasco não detalhou qual será o seu papel no clube na volta, mas deixou evidente que ainda tem capítulos por redigir com a camisa do time gaulês.
“Foi uma temporada muito boa (a última no Marselha). E no final, sim, houve a saída. Mas com o Marseille, é muito evidente. É um negócio fechado. Portanto, haverá um retorno ao clube depois, e discutiremos mais tarde os detalhes do por quê ou porquê. Obviamente eu quero ajudar, quero ser útil para continuar ajudando o clube a crescer, mas sim, está assinado, portanto haverá um retorno.”
O desportista relembrou sua passagem pelo Olympique de Marseille e as dificuldades enfrentadas na última temporada.
“Minha última temporada (no Marseille) foi difícil para mim pessoalmente, porque obviamente meu primeiro libido é jogar. Mas depois disso, porquê capitão, acho que simplesmente fiz o que tinha de fazer. Esse é o meu ponto de vista, mas um capitão tem de se colocar avante dos outros. E mesmo que o futebol seja um esporte pessoal, ele é, antes de tudo, um esporte coletivo”, declarou.
“E foi isso que eu fiz. Cuidei dos outros. Cuidei daqueles que não jogavam comigo. Cuidei daqueles que estavam jogando. Cuidei dos pequenos problemas que poderiam ter surgido dentro do vestiário, que poderiam ter surgido entre o técnico e os jogadores. Portanto, é verdade que foi uma função dissemelhante, mas gostei muito dela, porque o objetivo é que o Marseille vença”, completou o desportista.
Aposentadoria
Ao ser questionado sobre uma provável aposentadoria, Payet afirmou que “teme que aconteça”.
“O que eu mais temo é ver isso ocorrer. Sinceramente, quando me levanto todas as manhãs, paladar muito de treinar e paladar muito de jogar novamente. Portanto, não estou dizendo a mim mesmo hoje que o término está próximo, mas, infelizmente, sei que em qualquer momento meu corpo vai me proferir que é isso, que basta. Mas, sinceramente, eu senhor tanto jogar globo, senhor tanto o futebol que acho que o término vai ser difícil para mim.”
“Não estou assustado, não, mas eu digo a mim mesmo: no dia em que eu tiver que parar de treinar, parar de jogar, parar de dar prazer às pessoas, parar de fazer o que eu senhor, o que eu fiz durante toda a minha vida, é evidente que vai ser difícil, é evidente que eu vou fazer outra coisa. E isso também me permitirá aproveitar minha família ao sumo, mas é alguma coisa que certamente será difícil.”
Adaptação ao Brasil
“O mais difícil para mim, para ser sincero, foi o clima. Porque, em termos de umidade, em termos de calor, em um domingo às 16 horas, quando está 38 graus e o tempo está pesado, é muito, muito, muito difícil jogar. Aliás, há o calendário, que é muito referto no Brasil. Não jogamos nem na Sul-Americana nem na Despensa Libertadores, mas conseguimos ter uma agenda enxurrada. Não sei porquê os jogadores que disputam essas copas conseguem, mas, para ser sincero, é muito, muito difícil.”
Pressão no Vasco
“A pressão depois de 10 anos no Olympique de Marselha, você sabe porquê é. Mas é aí que eu também me encontro, eu tenho a sensação de nunca ter saído do Marselha, porque os torcedores (no Brasil) são tão extremos em sua positividade e negatividade. Você nunca tem silêncio de espírito, portanto é por isso que eu sempre tenho que dar o meu melhor. Os brasileiros tiveram jogadores porquê Romário e Pelé em sua história que tornam a barra ainda mais subida.”
O Vasco acertou a contratação do desportista em agosto de 2023. Nesse ano, atuou em 38 jogos, marcou 5 gols e deu 9 assistências.