Pessoas na meia-idade que têm pesados com frequência podem ter um risco maior de desenvolver demência, segundo um novo estudo. O trabalho foi apresentado na reunião anual do Congresso da Ateneu Europeia de Neurologia de 2024, que aconteceu entre os dias 29 de junho e 2 de julho em Helsinque, na Finlândia.
Pesquisadores do Imperial College London, em Londres, já tinham desvelado em um estudo anterior que adultos saudáveis de meia-idade que tinham pesadelos frequentes — pelo menos, uma vez por semana — tinham um risco quatro vezes maior de suportar declínio cognitivo na próxima dez, em conferência com aqueles que não tinham esse tipo de sonho.
Outrossim, adultos mais velhos que relataram episódios de pesadelos tinham um risco duas vezes maior de demência.
Agora, o novo estudo analisa um subconjunto de participantes do trabalho anterior que tinham dados genéticos disponíveis. Eles analisaram exames de sangue, amostras de seiva e histórico familiar para mandar se essas informações tinham qualquer impacto nas descobertas anteriores.
Segundo os pesquisadores, em seguida controlar esses fatores genéticos, a associação entre pesadelos e o declínio cognitivo permaneceu robusto. Outrossim, eles descobriram que não houve relação entre a frequência dos sonhos angustiantes e fatores genéticos em nenhuma das faixas etárias.
Para os cientistas, ainda são necessários mais estudos para entender se o tratamento de pesadelos poderia ajudar a retardar o declínio cognitivo ou prevenir a demência.
Qual é a verosímil relação entre pesadelos e demência?
A demência é a subtracção, lenta e progressiva, da função mental, afetando a memória, o pensamento e a capacidade de aprender. Outrossim, o declínio cognitivo pode ocasionar alterações de personalidade e de comportamento e desorientação.
A pretexto mais generalidade de demência é o Alzheimer, representando tapume de 60% a 80% dos casos, segundo o Manual MSD. Outros tipos de demência incluem a demência vascular, demência por corpos de Lewy, demência frontotemporal e demência relacionada ao vírus HIV. O Parkinson também pode ocasionar o declínio cognitivo, mas ocorre conforme a evolução da doença.
Pesadelos já foram associados a um declínio cognitivo mais vertiginoso e um risco aumentado de demência em pacientes com Parkinson, em estudos anteriores. Porém, o estudo do Imperial College London foi o primeiro a observar a associação na população em universal sem a doença.
Uma das hipóteses para a verosímil relação entre pesadelos e o maior risco de demência é o sono de má qualidade causado por esse tipo de sonho. Um estudo recente mostrou que pessoas que têm interrupção do sono na fita dos 30 e 40 anos têm duas vezes mais chances de ter problemas de memória e pensamento uma dez depois.
Outrossim, em entrevista ao portal médico Medscape Medical News, Sebastiaan Engelborghs, professor e director de neurologia da Vrije Universiteit Brussel, em Bruxelas, Bélgica, diz que uma das hipóteses é que “os sujeitos com ‘sonhos angustiantes’ têm transtorno de comportamento do sono REM (movimento rápido dos olhos)”.
“É bem-sabido que o transtorno comportamental do sono REM pode preceder a demência em muitos anos. Um dos principais sintomas do transtorno comportamental do sono REM são pesadelos, ou ‘sonhos angustiantes’… e é por isso que sempre perguntamos sobre sono e pesadelos durante as consultas na clínica de memória”, afirma.
Porém, a relação entre sono REM, pesadelos e maior risco de demência só poderia ser descartada por um fiscalização do sono, o que não foi realizado pelo atual estudo. Por isso, mais pesquisas devem ser realizadas para aprofundar os achados.
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