Queda de avião da Voepass: o que é a caixa-preta e qual é a importância para as investigações

#Compartilhar:

Durante as primeiras horas da perícia do sítio do acidente do avião da Voepass em Vinhedo (SP), que matou 58 passageiros e quatro tripulantes na última sexta-feira (9), a caixa-preta da aeroplano foi encontrada em meio aos destroços.

O voo 2283, que saiu de Cascavel (PR) e iria para Guarulhos (SP), caiu no interno paulista muro de uma hora e meia depois decolar.

A caixa-preta é feita em material resistente a desastres e será crucial para desvendar os motivos pelo qual o ATR 72-500 que despencou 4.000 metros em um minuto.

Quando um acidente desatento acontece, a procura pela caixa-preta é prioridade depois o resgate de possíveis sobreviventes. A peça é um sistema de registro de dados e voz do avião, que grava as últimas conversas da tripulação, além de informações da aeroplano uma vez que velocidade, aceleração, condições climáticas, altitude e ajustes de potência.

Ela é dividida em duas partes. Uma é o gravador de voz do cockpit (CVR), que tomada as últimas horas de conversas entre a tripulação e sons internos da aeroplano. A outra é o gravador de dados de voo (FDR), que tomada informações técnicas sobre o trajeto adotado pelo avião até a queda.

No caso do ATR que caiu em Vinhedo, tanto o CVR quanto o FDR foram encontrados e já foram encaminhados para Brasília. Na capital federalista, as gravações e os dados serão inspecionados pelo Meio de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

A partir das informações preservadas pela caixa-preta, serão esclarecidas as causas para a queda do ATR. O acidente da Voepass é o maior da aviação mercantil regular brasileira desde 2007, quando um Airbus A320 da TAM (atual Latam) se chocou com um prédio da própria empresa em Congonhas, matando 199 pessoas.

As primeiras hipóteses que surgiram depois o acidente versam sobre uma verosímil formação de gelo nas asas do avião, que podem ter feito a aeroplano perder sustentação e despencar de forma rápida. Para atestar a razão do sinistro, é primordial que os especialistas analisem a última conversa entre os pilotos e os dados de desempenho do ATR, uma vez que as condições climáticas e a razão de descida brusca.

Do que é feita a caixa-preta

A caixa-preta é feita com uma liga de aço e titânio, tornando-a ultra resistente. A peça pode suportar forças superiores à 3.400 G, ou seja, 3.400 vezes a força gravitacional da terreno e variações de temperatura entre -60ºC e 1.100 Cº.

No caso do ATR, mesmo com o impacto em “parafuso liso”, que tirou das 62 vítimas qualquer chance de sobrevivência, a peça foi encontrada preservada pela perícia, segundo informações do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

Chamada de caixa-preta, a peça, na verdade, é laranja. A escolha da cor tem uma razão: é preciso que ela seja destacada entre os destroços e possa ser localizada em ambientes de difícil visualização.

O mecanismo costuma ser armazenada na secção traseira dos aviões. Estatisticamente, a rabo da aeroplano é a secção que sofre menos danos em desastres aéreos.

Também visando a preservação das conversas do piloto e o trajeto feito pelo avião, a peça tem a sua própria manancial de virilidade elétrica. A caixa-preta emite um sinal de localização que pode ser rastreado até mesmo no fundo do oceano.

FONTE:CNN

#Compartilhar:
error:
Rolar para cima