O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se recusou a responder, durante entrevista realizada nesta quarta-feira (26), se seu governo agiria para impedir que a China tomasse Taiwan à força.
“Eu nunca comento sobre isso – eu não comento zero, porque eu não quero nunca me colocar nessa posição”, afirmou o americano. “E se eu comentasse isso, eu certamente não estaria dizendo para você. Eu estaria dizendo para outras pessoas, talvez pessoas ao volta desta mesa, pessoas muito específicas ao volta desta mesa”, acrescentou Trump.
Os comentários de Trump vêm enquanto a China acusa seu governo de “séria retrocesso” em sua posição sobre Taiwan, depois que o Departamento de Estado removeu uma risca de seu site afirmando que os EUA não apoiam a independência de Taiwan no início deste mês.
No que chamou de atualização “de rotina” de sua ficha informativa online sobre as relações dos EUA com Taiwan na semana passada, o Departamento de Estado retirou a frase “nós não apoiamos a independência de Taiwan” – uma posição mantida há muito tempo por Washington.
Sob o que é sabido uma vez que a “política de uma China”, os EUA reconhecem a República Popular uma vez que o único governo legítimo da China. Também é reconhecida a posição de Pequim de que Taiwan é segmento da China, mas nunca foi aceita a reivindicação de soberania do Partido Comunista Chinês sobre a ilhéu.
Apesar da fala desta quarta-feira, Trump ofereceu um tom mais conciliatório a Pequim, dizendo aos repórteres que ele tem “um ótimo relacionamento” com o presidente da China, Xi Jinping.
“Eu tive um ótimo relacionamento com ele, queremos que eles venham e invistam. Vejo tantas coisas dizendo que não queremos a China neste país – isso não está claro”, disse ele. “Faremos coisas com a China, o relacionamento que teremos com eles será muito bom.”
“Teremos um bom relacionamento com a China, mas eles não poderão tirar vantagem de nós”, acrescentou Trump.