O cantor e compositor Sérgio Mendes morreu na quinta-feira (5) aos 83 anos. Um dos principais ícones da bossa novidade, e da música brasileira porquê um todo, ele enfrentava complicações de saúde causadas pelos efeitos de longo prazo da Covid-19, conforme confirmou seu companheiro Herb Alpert em publicação feita no Instagram.
Artista fundamental para a globalização da música do Brasil, Mendes colecionava 14 músicas que figuraram na lista da Billboard Hot 100, principal paragem músico dos Estados Unidos. Esse é o maior número conseguido por um brasílico na história da revista, que compila dados do gênero desde a dezena de 1950, e representa mais do que o triplo de canções do segundo disposto, Eumir Deodato, que emplacou exclusivamente quatro. Anitta vem em terceiro lugar com três entradas na Hot 100.
É dele também o recorde de melhor posição alcançada por um brasílico na principal paragem músico dos EUA. Com “The Look Of Love”, Sérgio Mendes chegou à quarta colocação da Billboard Hot 100 em 1968; quem chegou mais perto foi Astrud Gilberto, com “The Girl From Ipanema”, que esteve no quinto lugar com 1964.
No totalidade, Sérgio Mendes soma 136 semanas na lista e deixa na Morris Albert na segunda posição, com 34. Outro recorde impedido pelo proprietário de “Mas Que Zero” é o de maior número de músicas de brasileiros que alcançaram o top 10 da Billboard Hot 100, com três. Além de “The Look Of Love”, ele também emplacou “The Fool on the Hill” e “Never Gonna Let You Go”.
Além do magnífico desempenho nas paradas musicais dos EUA, ele chegou a vencer um Grammy, dois Grammys latinos, e foi indicado ao Oscar em 2012 pela música “Real in Rio”, do filme Rio.
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