No Brasil, a população com Síndrome de Down equivale a 350 milénio pessoas e, a cada ano, surgem 8 milénio novos casos. Desse totalidade, aproximadamente 45% a 50% nascem com uma cardiopatia, ou seja, doença do coração. É o que alerta Zan Mustacchi, geneticista e pediatra do Hospital Darcy Vargas, no “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” exibido neste sábado (7).
Mustacchi e a cardiologista pediátrica Flávia Navarro, da Santa Lar de São Paulo, são os convidados do Dr. Roberto Kalil para falar sobre síndrome de Down, ou “trissomia do 21” (T21). A doença é causada por uma modificação genética que leva a formação de um cromossomo 21 a mais, resultando em deficiência intelectual e características físicas porquê baixa estatura, raiz nasal achatada, mãos pequenas e dedos curtos, entre outras.
Segundo Navarro, é importante que a detecção de cardiopatias em pessoas com a síndrome seja realizada ainda no período fetal. “Essas crianças devem ser abordadas precocemente, e devem ter seu diagnóstico de preferência feito no período fetal. O ideal é que elas sejam operadas em torno de 4 a 6 meses de vida para não evoluírem para uma exigência complexa que se labareda hipertensão pulmonar”, afirma.
“Nós temos um traje técnico-científico relativamente recente, que nós conseguimos fazer a partir da coleta do sangue da mãe, porquê se fosse colher um hemograma, o Nipt, um revista não invasivo de diagnóstico pré-natal. A gente consegue uma margem de segurança de aproximadamente 98%”, explica Mustacchi.
O geneticista afirma que levante revista, quando associado aos dados de ultrassonografia e do ecocardiograma fetal, são eficazes. Recentemente, o Nipt foi incluído porquê obrigatório no pré-natal, mas sua realização ainda não é alcançável a todas as gestantes.
“É um revista simples, mas o chegada é difícil”, afirma Navarro. “Pensando na população em universal, normalmente temos a dificuldade do aparelho, dificuldade técnica…”, elenca a cardiologista, referindo-se também à falta de capacitação profissional para realização do revista.
Por levante e outros fatores, nem sempre é feito o diagnóstico intrauterino, porquê seria o ideal. Nestes casos, Navarro defende também maior preparo da equipe médica para mourejar com o momento de conversar com os pais a reverência.
“É muito generalidade dar a notícia que a garoto tem T21 no parto, logo que tirou o bebê. Logo, a mãe ainda está lá, sendo operada, no meio da cesárea… Ter essa sensibilidade para conversar com a mãe, esperar estar o pai, o companheiro, alguém junto. Não ter urgência para dar a notícia”, diz Navarro.
Quais são os fatores de risco associados à síndrome de Down?
Durante o programa, os especialistas comentam sobre os fatores de risco para a trissomia do 21. O principal e mais sabido deles é a idade materna avançada, mas esse não é o único.
“Se eu tenho alguém na família com T21, é um fator de risco aumentado. Se eu tenho alguém na família com a frequência de Alzheimer, é um fator de risco aumentado. Hipotireoidismo, especificamente autoimune, de uma forma que a gente labareda de Hashimoto, também tem um risco aumentado. O ruim de a gente falar ‘aumentado’ é que parece 50%, 20%, 30%. Não, esse ‘aumentado’ é 1% a mais, 0,5% a mais”, explica Mustacchi.
Segundo o geneticista, os sinais são sempre relacionados aos ligamentos, sistema osteomuscular e desenvolvimento neuromotor. “Logo, o bebê firma o pescoço? Evidente que firma. Mas em vez de firmar com dois meses, isso acontece com dois e meio a três meses. O que não faz muita diferença”.
O profissional, no entanto, faz questão de declarar que a exigência do T21 não é impedimento para zero, desde que as pessoas tenham oportunidades e reverência.
“Infelizmente a população está habituada a ouvir que existem graus entre as pessoas. Nós não temos variedades de intensidade nenhum. Cá no país, nós temos três palavras que sustentam hoje a questão do T21: oportunidade, reverência e segurança é a trindade de sustentação de qualquer tipo que tente viver adequadamente”, afirma.
Redes sociais amplia a visibilidade sobre inclusão e representatividade
Navarro acrescenta que o uso das redes sociais alavancou a representatividade de pessoas com síndrome de Down em diferentes áreas.
“Hoje, com o chegada das redes sociais, são os influencers digitais que mostram que eles estão indo para a faculdade, que eles estão indo trabalhar, que eles estão indo para a balada. Porque, na hora que nasce um bebê, por mais que a gente converse com essa família, explicando o que é, zero melhor do que uma mãe, uma família olhar e ver um João indo para a faculdade, uma Maju desfilando, os meninos trabalhando… Isso é fantástico”, diz, referindo-se aos modelos Maju de Araújo e João Vitor Paiva, que também é o primeiro mentor jovem T21 do Fundo das Nações Unidas para a Puerícia (Unicef).
“Zero sobre nós, sem nós” é o lema deles, segundo Mustacchi. Para o geneticista, os portadores de T21 assumirem a narrativa da própria história é a melhor mudança que tem ocorrido nos últimos anos.
O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 7 de dezembro, às 19h30, na CNN Brasil.
Pesquisa mapeia risco de Alzheimer em pessoas com síndrome de Down