Um grande núcleo de subida pressão de 1030 hPa no Atlântico Sul mantém a instabilidade em áreas do Sul do Brasil com os ventos úmidos que sopram do mar para o continente pela circulação do sistema de subida. O sistema ainda deixa o tempo ventoso e por vezes com rajadas.
O vento sopra moderado e por vezes com rajadas do quadrante Leste pelo segundo dia seguido porquê consequência do contraste entre a menor pressão atmosférica e a subida na região oceânica. Porto Jubiloso e outras cidades anotaram na manhã de hoje rajadas de 50 km/h a 60 km/h.
Os ventos que sopram do mar para terreno com umidade favorecem a ocorrência de garoa e chuva, mormente em pontos próximos da costa perto da Serra do Mar, que funciona porquê uma barreira para a umidade.
A chuva acumulada em 48 horas até o meio-dia desta quinta-feira chegou a 110 mm em Maquiné (RS) e a 220 mm em Praia Grande (SC). São duas localidades situadas junto ao “paredão” de morros da Serra e que, por isso, recebem mais chuva pelo tropeço geográfico para a umidade.
As comunidades da Sanga Seca, Garapia, Forqueta, Pedra de Amola e Traço Seduzido, localizadas no município de Maquiné, no Litoral Setentrião gaúcho, estão isoladas nesta quinta-feira por motivo da chuva. Na superfície médio da cidade, o rio Forqueta está dentro da calha.
Por que choveu tantos nestas localidades? A resposta está no que se conhece na ciência meteorológica porquê chuva orográfica, fenômeno em que o relevo é elemento médio para a ocorrência de chuva volumosa.
Umidade que vem do oceano, trazida por vento, ao encontrar a barreira do relevo da Serra do Mar, ascende na atmosfera e encontra temperatura mais baixa com camadas mais frias. Isso leva à condensação e à ocorrência de chuva induzida pelo relevo.
O tempo, entretanto, não firma no Sul do Brasil. Uma novidade superfície de baixa pressão vai trazer chuva para o Noroeste e Setentrião do Rio Grande do Sul, além de áreas de Santa Catarina e do Paraná, da tarde para a noite desta quinta-feira.
Nesta sexta, mais uma vez se espera chuva em vários pontos do Sul do país. No Rio Grande do Sul, a instabilidade será mais isolada e vai afetar principalmente as Metades Setentrião e Leste. Nos estados catarinense e paranaense, deve chover em maior número de pontos.
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