Uma novidade terapia-alvo para cancro de pomo metastático chega ao Brasil e mostra ser capaz de reduzir em 50% o risco de progressão ou morte pela doença. O tratamento, desenvolvido pela biofarmacêutica AstraZeneca, foi confirmado em maio pela Escritório Vernáculo de Vigilância Sanitária (Anvisa) e já está disponível no mercado.
O cancro de pomo é causado pela multiplicação desordenada de células anormais da pomo. De contrato com o Instituto Vernáculo do Cancro (Inca), a doença causou 18.361 mortes em 2021, sendo 18.139 em mulheres.
O tratamento é constituído de uma combinação inédita de capivasertibe, uma novidade terapia, com fulvestranto, uma terapia hormonal já conhecida. Ele é indicado para casos de progressão do cancro de pomo, no cenário metastático ou de recorrência, durante ou dentro de 12 meses em seguida a peroração do tratamento adjuvante.
Novidade terapia atua em tipo específico de cancro
Existem diferentes subtipos de cancro de pomo, com desenvolvimento rápido ou lento. O cancro de pomo metastático é aquele que já se espalhou, atingindo outros órgãos do corpo.
Aliás, existem três grandes categorias de cancro de pomo:
- Luminal: aquele que tem sentença relativamente possante de receptores hormonais (estrógeno e progesterona) e no qual a proteína HER-2 não é superexpressa (HER-2 negativo);
- HER-2 positivo: é aquele que, em universal, tem possante sentença da proteína HER-2 na superfície da célula, com ou sem receptores hormonais;
- Triplo negativo: é aquele que não tem sentença nem da proteína HER-2, nem dos receptores hormonais.
O mira da novidade terapia é o tumor do tipo luminal, localmente avançado ou metastático com uma ou mais alterações detectadas em uma das três vias PIK3CA, AKT1 ou PTEN. Essas vias regulam a proliferação e incremento de células, sendo precípuo para a manutenção do metabolismo fisiológico das células normais do corpo.
Em casos de cancro de pomo, mutações ativadoras em PI3K e AKT são capazes de aumentar a proliferação e a invasão das células cancerosas.
De contrato com o livro “Vencer o cancro de pomo: Evitar, tratar e remediar“, do Instituto Vencer o Cancro, muro de 40% dos tumores de pomo têm mutação no gene PIK3CA, o que leva à ativação dessa via e, consequentemente, aumenta a proliferação de células tumorais. Adicionalmente, 5 a 10% dos tumores de pomo avançados abrigam mutações ativadoras de AKT.
Uma vez que a novidade terapia funciona?
O capivasertibe, presente na novidade terapia, é o primeiro inibidor de AKT confirmado pela Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e pela Anvisa. Esse componente inibe a ação da via AKT, levando à redução no risco de progressão ou morte para pacientes que possuem cancro com alterações na via PIK3CA/AKT/PTEN.
Antônio Carlos Buzaid, diretor médico do Meio de Oncologia do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e co-fundador do Instituto Vencer o Cancro, explica à CNN que a novidade terapia é indicada para pacientes que já realizaram tratamento, ou estão realizando, e cujos exames indicam uma progressão do tumor.
“Imagine uma paciente de cancro de pomo que está recebendo um remédio que chamamos de inibidor da aromatase junto com inibidor ciclina [um tratamento padrão para esse tipo de câncer]. Porém, exames mostram que o tumor está aumentando. Nessa hora, vamos checar se o paciente é portador de uma mutação em uma dessas vias que funcionam porquê motor para células cancerosas”, esclarece.
“A paciente que foi identificada com a mutação na via AKT pode ser candidata ao tratamento com a novidade terapia, que bloqueia a ação dessa via, matando as células cancerosas“, acrescenta.
Resultados de estudos com capivasertibe
Em estudo, a eficiência da combinação de capivasertibe com fulvestranto foi avaliada em conferência com placebo para o o tratamento de cancro de pomo localmente avançado (inoperável) ou metastático.
O experiência global envolveu 708 pacientes adultos com cancro de pomo localmente avançado ou metastático, HR-positivo ou HER-2 negativo, dentre os quais 289 pacientes apresentavam tumores com alterações na via PIK3CA/AKT1/PTEN.
O trabalho tinha porquê objetivos primários a sobrevida livre de progressão na população universal de pacientes e na população de pacientes cujos tumores apresentavam alterações na via PI3K/AKT (genes PIK3CA, AKT1 ou PTEN). Segundo o estudo, houve uma redução de 50% no risco de progressão ou morte, em conferência com a associação de placebo com fulvestranto em pacientes com alterações nos biomarcadores PIK3CA/AKT/PTEN2.
Na visão de Karina Fontão, diretora médica executiva da AstraZeneca Brasil, a novidade terapia é uma solução para mulheres que não respondiam ao tratamento padrão, dando mais esperança e mais tempo livre de progressão da doença.
“Nosso primeiro inibidor AKT da categoria consolida a medicina de precisão no tratamento de cancro de pomo no Brasil, com potencial de mudança de prática clínica ao ampliar as abordagens de tratamento para pacientes que apresentam progressão tumoral ou resistência a terapias de base endócrina usadas previamente”, observa Fontão.
“A combinação também supre uma premência de tratamento para uma considerável população de pacientes com biomarcadores específicos, contribuindo para significativa redução de risco de progressão ou morte da doença em estágio localmente avançado e metastático”, comenta Fontão.
Estudo revela estratégia para matar células de cancro de pomo